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Israel reabre acessos a Nablus mediante controle militar após morte de rabino

10/01/2018 10h00

Jerusalém, 10 jan (EFE).- O Exército israelense reabriu os acessos à cidade palestina de Nablus, no norte do território palestino ocupado de Cisjordânia, ainda que mantenha os controles militares para as saídas da cidade após o assassinato ontem de um colonizador residente na zona, o rabino Raziel Shevach.

"A entrada (de veículos e pessoas) a Nablus está aberta e as saídas também são possíveis, ainda que atravessando um controle de segurança", disse à Agência Efe um porta-voz militar. "É o que chamamos de fechamento com respiração", acrescentou.

Na manhã desta quarta-feira, o Exército informou sobre o amplo dispositivo de segurança destacado na zona, onde os responsáveis pela morte do rabino, residente na próxima Colônia de Havat Guilad, estão sendo procurados.

"As forças de segurança, com a assistência de forças especiais, fizeram uma busca na zona para localizar os agressors. As entradas e saídas para e desde os povoados que rodeiam Nablus só serão possíveis após passar por controles de segurança. Estamos investigando o incidente. Foi decidido reforçar a zona com forças adicionais", disse o Exército em um comunicado.

Shevach, de 35 anos, será enterrado hoje no assentamento em que vivia com sua mulher e seus seis filhos, de entre dez meses e dez anos.

Era o rabino da localidade e ocupava-se de praticar as circuncisões, além de ser voluntário do serviço de emergências Estrela de David Vermelha (equivalente à Cruz Vermelha).

Um número não preciso de agressores abriu fogo contra o veículo em que viajava Raziel, na estrada 60, disparando pelo menos 22 balas que o mataram.

O deputado direitista Bezalel Smotrich viajava na mesma estrada nesse momento e foi um dos primeiros a chegar ao local do ataque e prestar ajuda à vítima.

"É uma realidade inconcebível que alguém possa vir cometer um assassinato. Ministro de Defesa, isto tem que parar!. Deixe claro aos palestinos que pagarão um alto preço por cada ataque como este", pediu o deputado no Twitter.

O movimento colonizador exigiu mais segurança para os assentamentos em território ocupado e penalização à Autoridade Nacional Palestina (ANP) por pagar salários aos agressores e seus familiares.