Republicanos propõem uma lei de imigração com o apoio de Trump
Um grupo de legisladores republicanos dos Estados Unidos revelou nesta quarta-feira (10) os detalhes de uma lei de imigração que conta com o apoio do presidente Donald Trump, e que propõe dar aos "sonhadores" a possibilidade de residir legalmente no país, embora não abra qualquer caminho para a cidadania.
Os promotores da lei, entre eles Bob Goodlatte e o porto-riquenho Raúl Labrador, apresentaram em uma entrevista coletiva seu projeto de lei, que cumpre com os "quatro pilares" estabelecidos por Trump e um grupo de legisladores na última segunda-feira, durante encontro na Casa Branca.
Em primeiro lugar, a medida aborda o futuro dos 690 mil jovens que chegaram aos EUA quando eram crianças, conhecidos como "sonhadores", e que se beneficiaram do programa DACA, promulgado em em 2012 pelo então presidente Barack Obama, e suspenso em setembro do ano passado por Trump.
No momento da suspensão, Trump pediu ao Congresso que esclareça a situação dos "sonhadores" antes de março deste ano.
Ao respeito, a iniciativa dos republicanos propõe que os beneficiários do DACA possam acessar uma licença migratória, que lhes permita residir legalmente nos EUA sem serem deportados durante três anos e com a possibilidade de renovar essa autorização indefinidamente, uma proposta parecida com a do DACA.
Dessa forma, o projeto não abre a porta para obter a cidadania americana, um dos pontos-chaves para a oposição democrata.
Em segundo lugar, o projeto propõe destinar US$ 30 bilhões para a construção do muro com o México e, além disso, inclui a eliminação da chamada "loteria de vistos" que beneficia anualmente cidadãos de países com baixa taxa de imigrantes para os Estados Unidos.
A iniciativa também procura acabar com os defensores da restrição da imigração legal aos EUA, batizados como "migração em cadeia", ou seja, um sistema que permite cidadãos americanos e aos que têm os "green cards" facilitar a entrada de seus familiares no país.
Com a proposta, os níveis de imigração para os EUA seriam reduzidos em 25% no total, de acordo com um resumo da proposta concedida à imprensa.
Em um comunicado, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, expressou o agradecimento de Trump aos legisladores e assegurou que a proposta legislativa "procura cumprir com as prioridades principais do presidente para o povo americano".
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