Espanhol é acusado de jihadismo nas Filipinas, mas alega não ser muçulmano
Manila, 31 jan (EFE).- Um cidadão espanhol de 20 anos acusado de ter se juntado aos combatentes do Estado Islâmico (EI) nas Filipinas disse nesta quarta-feira que não é muçulmano, gosta de festas e consome álcool e carne de porco, ao se declarar inocente e acusar os militares do país asiático de uma armação que poderia lhe render uma pena de prisão perpétua.
Abdelhakim Labidi Adib foi detido há dez dias na conflituosa ilha de Basilán, reduto do grupo jihadista Abu Sayyaf na região de Mindanao, no sul do país, com duas granadas de mão e um artefato explosivo caseiro em sua mochila, segundo a versão das forças armadas filipinas.
"Eles afirmam que encontraram uma mochila com esses artefatos, mas ela não é minha", afirmou o jovem nascido e criado em Madri em uma entrevista à Agência Efe, após prestar depoimento na sede do Departamento de Justiça de Manila, onde chegou algemado sob a custódia de dois soldados.
Os militares afirmam que ele é "simpatizante" de Abu Sayyaf - uma organização que pretende criar uma província do califado do Estado Islâmico no Sudeste da Ásia - e pediram ao Ministério Público que apresente acusações contra ele por porte de explosivos, um crime que pode ser punido prisão perpétua nas Filipinas.
"Eu sempre fui ateu" disse Labidi, que tem raízes familiares na Tunísia e chegou em outubro às Filipinas "para passar férias", o que o levou a Mindanao, onde residiu temporariamente nas cidades de Davao e Cagayan de Oro.
O jovem explicou que conheceu uma pessoa em que confiou em Cagayan e a seguiu "até chegar a Basilán", uma ilha afastada de qualquer roteiro turístico pela alta presença da milícia jihadista que sequestrou e decapitou vários cidadãos locais e estrangeiros nos últimos anos.
"Quando cheguei lá, me dei conta de que eram pessoas perigosas", continuou o jovem, que, ao iniciar o caminho de volta, se deparou com "indivíduos armados vestidos de civis" que o pararam, vendaram seus olhos e "fizeram esta armação".
Segundo o suspeito, existem provas de sua inocência e ele acredita que estas "serão reveladas o mais rápido possível". "São imagens que mostram minha verdadeira mochila, e outras imagens em redes sociais nas quais aparece a mesma mochila", comentou Labidi.
Em seu depoimento, no qual incluiu fotos, o jovem alega que a mochila com explosivos que os militares afirmam ser sua é nova e ainda contém etiquetas, algo incomum para alguém que teria passado várias semanas em áreas de floresta.
"Também tenho fotos em discotecas, fazendo farra, comendo (carne de) porco e bebendo (álcool)", confessou o jovem, ao insistir que não pratica o Islã.
O Ministério Público tem um prazo máximo de 60 dias para decidir se apresenta acusações ou não contra Labidi, o primeiro espanhol detido por supostos vínculos com um dos grupos jihadistas fiéis ao EI que operam em Mindanao, um caso que gerou grande repercussão nas Filipinas.
Abdelhakim Labidi Adib foi detido há dez dias na conflituosa ilha de Basilán, reduto do grupo jihadista Abu Sayyaf na região de Mindanao, no sul do país, com duas granadas de mão e um artefato explosivo caseiro em sua mochila, segundo a versão das forças armadas filipinas.
"Eles afirmam que encontraram uma mochila com esses artefatos, mas ela não é minha", afirmou o jovem nascido e criado em Madri em uma entrevista à Agência Efe, após prestar depoimento na sede do Departamento de Justiça de Manila, onde chegou algemado sob a custódia de dois soldados.
Os militares afirmam que ele é "simpatizante" de Abu Sayyaf - uma organização que pretende criar uma província do califado do Estado Islâmico no Sudeste da Ásia - e pediram ao Ministério Público que apresente acusações contra ele por porte de explosivos, um crime que pode ser punido prisão perpétua nas Filipinas.
"Eu sempre fui ateu" disse Labidi, que tem raízes familiares na Tunísia e chegou em outubro às Filipinas "para passar férias", o que o levou a Mindanao, onde residiu temporariamente nas cidades de Davao e Cagayan de Oro.
O jovem explicou que conheceu uma pessoa em que confiou em Cagayan e a seguiu "até chegar a Basilán", uma ilha afastada de qualquer roteiro turístico pela alta presença da milícia jihadista que sequestrou e decapitou vários cidadãos locais e estrangeiros nos últimos anos.
"Quando cheguei lá, me dei conta de que eram pessoas perigosas", continuou o jovem, que, ao iniciar o caminho de volta, se deparou com "indivíduos armados vestidos de civis" que o pararam, vendaram seus olhos e "fizeram esta armação".
Segundo o suspeito, existem provas de sua inocência e ele acredita que estas "serão reveladas o mais rápido possível". "São imagens que mostram minha verdadeira mochila, e outras imagens em redes sociais nas quais aparece a mesma mochila", comentou Labidi.
Em seu depoimento, no qual incluiu fotos, o jovem alega que a mochila com explosivos que os militares afirmam ser sua é nova e ainda contém etiquetas, algo incomum para alguém que teria passado várias semanas em áreas de floresta.
"Também tenho fotos em discotecas, fazendo farra, comendo (carne de) porco e bebendo (álcool)", confessou o jovem, ao insistir que não pratica o Islã.
O Ministério Público tem um prazo máximo de 60 dias para decidir se apresenta acusações ou não contra Labidi, o primeiro espanhol detido por supostos vínculos com um dos grupos jihadistas fiéis ao EI que operam em Mindanao, um caso que gerou grande repercussão nas Filipinas.
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