Mulheres muçulmanas denunciam assédio sexual em peregrinação à Meca
Cairo, 13 fev (EFE).- Mulheres muçulmanas começaram a denunciar, através das redes sociais, casos de assédio sexual na peregrinação à Meca, o local mais sagrado para o Islã, que se estenderam sob a hashtag #MosqueMeToo (Mesquita, eu também).
Estes casos ganharam uma rápida e ampla divulgação nas redes na região árabe com a hashtag criada há uma semana pela jornalista e ativista feminista egípcia Mona Eltahawy, em adaptação à #MeToo, associada ao movimento de rejeição ao assédio sexual no mundo todo.
A ativista egípcia criou a hashtag depois que uma mulher paquistanesa contou no Twitter que tinha sido tocada durante as voltas à Caaba, a pedra negra da Meca para a qual os muçulmanos de todo o mundo se orientam para realizar suas preces.
A própria Eltahawy foi vítima de abusos sexuais na peregrinação à Meca em 1982, quando tinha 15 anos de idade, e relatou seu caso em um livro publicado em 2015.
"É difícil falar sobre assédio em lugares sagrados. Espero que todas os que estamos contando possamos ajudar as pessoas que por qualquer razão não podem falar agora", escreveu Eltahawy no Twitter.
A jornalista explicou que acreditou ser necessário fazer uma nova hashtag porque o #MeToo se popularizou por causa dos casos de abusos a atrizes de Hollywood, por isso que muitas mulheres poderiam não se sentir incluídas em um movimento surgido num entorno de mulheres brancas, ricas e ocidentais.
A iniciativa recebeu incontáveis amostras de apoio e incentivou outras mulheres a compartilhar experiências similares.
No entanto, também gerou várias críticas, segundo a própria ativista, que assegura que foi insultada e acusada de querer destruir o Islã, e inclusive de querer ganhar notoriedade com esta campanha.
As autoridades da Arábia Saudita não fizeram nenhum comentário ou alusão a estas denúncias por enquanto.
Todos os anos cerca de dois milhões de muçulmanos de todo o mundo participam do "hach", a peregrinação que os crentes devem realizar de forma obrigatória pelo menos uma vez na vida.
Estes casos ganharam uma rápida e ampla divulgação nas redes na região árabe com a hashtag criada há uma semana pela jornalista e ativista feminista egípcia Mona Eltahawy, em adaptação à #MeToo, associada ao movimento de rejeição ao assédio sexual no mundo todo.
A ativista egípcia criou a hashtag depois que uma mulher paquistanesa contou no Twitter que tinha sido tocada durante as voltas à Caaba, a pedra negra da Meca para a qual os muçulmanos de todo o mundo se orientam para realizar suas preces.
A própria Eltahawy foi vítima de abusos sexuais na peregrinação à Meca em 1982, quando tinha 15 anos de idade, e relatou seu caso em um livro publicado em 2015.
"É difícil falar sobre assédio em lugares sagrados. Espero que todas os que estamos contando possamos ajudar as pessoas que por qualquer razão não podem falar agora", escreveu Eltahawy no Twitter.
A jornalista explicou que acreditou ser necessário fazer uma nova hashtag porque o #MeToo se popularizou por causa dos casos de abusos a atrizes de Hollywood, por isso que muitas mulheres poderiam não se sentir incluídas em um movimento surgido num entorno de mulheres brancas, ricas e ocidentais.
A iniciativa recebeu incontáveis amostras de apoio e incentivou outras mulheres a compartilhar experiências similares.
No entanto, também gerou várias críticas, segundo a própria ativista, que assegura que foi insultada e acusada de querer destruir o Islã, e inclusive de querer ganhar notoriedade com esta campanha.
As autoridades da Arábia Saudita não fizeram nenhum comentário ou alusão a estas denúncias por enquanto.
Todos os anos cerca de dois milhões de muçulmanos de todo o mundo participam do "hach", a peregrinação que os crentes devem realizar de forma obrigatória pelo menos uma vez na vida.
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