Juiz peruano solicitará extradição de Alejandro Toledo aos EUA
Lima, 19 fev (EFE).- O juiz peruano Richard Concepción resolveu nesta segunda-feira solicitar às autoridades dos Estados Unidos a extradição do ex-presidente do Peru, Alejandro Toledo, por supostamente ter recebido propinas da Odebrecht no valor de US$ 20 milhões.
O magistrado, titular do Primeiro Juizado de Investigação Preparatória da Sala Penal Nacional do Peru, já emitiu há um ano uma ordem internacional de captura cotra Toledo, que, por enquanto, continua residindo na Califórnia.
Toledo, que governou o Peru entre 2001 e 2006, é acusado dos crimes de tráfico de influência, conluio e lavagem de dinheiro em ofensa ao Estado, sem que nenhum deles tenha prescrito ainda, segundo lembrou o juiz na sua resolução.
Concepción deverá remeter o expediente de Toledo ao Supremo Tribunal do Peru para que aprove a solicitação e esta seja tramitada junto às autoridades americanas por intermédio do Ministério de Relações Exteriores.
O juiz argumentou em sua sentença que os crimes acusados cumprem com o requisito da dupla incriminação, pois estão contemplados tanto no código penal do Peru como no dos Estados Unidos.
Segundo as investigações realizadas pelo Ministério Público do Peru, Toledo recebeu US$ 20 milhões da Odebrecht em troca de beneficiar a construtora no processo de licitação dos trechos 2 e 3 da Rodovia Interoceânica do Sul, que atravessa o território peruano da costa do Oceano Pacífico até a fronteira com Bolívia e Brasil.
Os pagamentos ilícitos foram depositados em contas bancárias de empresas 'offshore', situadas em paraísos fiscais, de propriedade do empresário israelense Yosef Maiman, amigo pessoal de Toledo.
Esses recursos foram supostamente repassados à empresa Ecoteva, fundada em 2012 na Costa Rica pela sogra de Toledo, Eva Fernenbug, para pagar as hipotecas das casas do ex-presidente em Lima e no balneário de Punta Sal, além de outra casa e de um escritório em Lima pelo valor aproximado de US$ 5 milhões, em negociações nas quais o ex-mandatário supostamente interveio.
Toledo é uma das figuras do primeiro escalão na política do Peru mais afetadas pelo caso Odebrecht, o maior escândalo de corrupção da América Latina, pelas propinas pagas no país entre 2005 e 2014.
Esse período abrange os mandatos presidenciais de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011), que é investigado por propinas pagas para construir o metrô de Lima; e Ollanta Humala (2011-2016), que está em prisão preventiva pelo suposto financiamento irregular de suas campanhas eleitorais.
Também estão sob investigação a líder do partido fujimorista Força Popular, Keiko Fujimori, e a ex-prefeita de Lima Susana Villarán por supostamente terem financiado suas campanhas eleitorais com recursos da Odebrecht.
O magistrado, titular do Primeiro Juizado de Investigação Preparatória da Sala Penal Nacional do Peru, já emitiu há um ano uma ordem internacional de captura cotra Toledo, que, por enquanto, continua residindo na Califórnia.
Toledo, que governou o Peru entre 2001 e 2006, é acusado dos crimes de tráfico de influência, conluio e lavagem de dinheiro em ofensa ao Estado, sem que nenhum deles tenha prescrito ainda, segundo lembrou o juiz na sua resolução.
Concepción deverá remeter o expediente de Toledo ao Supremo Tribunal do Peru para que aprove a solicitação e esta seja tramitada junto às autoridades americanas por intermédio do Ministério de Relações Exteriores.
O juiz argumentou em sua sentença que os crimes acusados cumprem com o requisito da dupla incriminação, pois estão contemplados tanto no código penal do Peru como no dos Estados Unidos.
Segundo as investigações realizadas pelo Ministério Público do Peru, Toledo recebeu US$ 20 milhões da Odebrecht em troca de beneficiar a construtora no processo de licitação dos trechos 2 e 3 da Rodovia Interoceânica do Sul, que atravessa o território peruano da costa do Oceano Pacífico até a fronteira com Bolívia e Brasil.
Os pagamentos ilícitos foram depositados em contas bancárias de empresas 'offshore', situadas em paraísos fiscais, de propriedade do empresário israelense Yosef Maiman, amigo pessoal de Toledo.
Esses recursos foram supostamente repassados à empresa Ecoteva, fundada em 2012 na Costa Rica pela sogra de Toledo, Eva Fernenbug, para pagar as hipotecas das casas do ex-presidente em Lima e no balneário de Punta Sal, além de outra casa e de um escritório em Lima pelo valor aproximado de US$ 5 milhões, em negociações nas quais o ex-mandatário supostamente interveio.
Toledo é uma das figuras do primeiro escalão na política do Peru mais afetadas pelo caso Odebrecht, o maior escândalo de corrupção da América Latina, pelas propinas pagas no país entre 2005 e 2014.
Esse período abrange os mandatos presidenciais de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011), que é investigado por propinas pagas para construir o metrô de Lima; e Ollanta Humala (2011-2016), que está em prisão preventiva pelo suposto financiamento irregular de suas campanhas eleitorais.
Também estão sob investigação a líder do partido fujimorista Força Popular, Keiko Fujimori, e a ex-prefeita de Lima Susana Villarán por supostamente terem financiado suas campanhas eleitorais com recursos da Odebrecht.
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