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Terrorismo jihadista matou mais de 13.600 pessoas em 2017

21/02/2018 11h16

Madri, 21 fev (EFE).- Os jihadistas cometeram 1.459 atentados em 42 países durante 2017, sobretudo em Iraque, Afeganistão, Nigéria, Somália e Síria, com o resultado de 13.634 mortos - a metade de vítimas civis -, informou nesta quarta-feira o Observatório Intrnacional de Estudos sobre Terrorismo, radicado na Espanha.

Duas de cada três vítimas fatais são dos cinco países citados (10.583), segundo o anuário do terrorismo jihadista dessa organização, patrocinado pelo Grupo de Vítimas do Terrorismo do País Basco (Covite), região espanhola que sofreu durante várias décadas os atentados da ETA.

No ano da queda do Estado Islâmico (EI), um em cada cinco países do mundo foi palco do terrorismo, mas o Iraque foi o mais afetado, já que chegou a concentrar 35% do todos os atentados, concretamente 505, muito na frente dos 187 do Afeganistão.

Além disso, 48% dos atentados realizados por organizações jihadistas tinham como fim atacar alvos civis, enquanto 35% perseguia alvos relacionados com as forças de segurança ou instalações governamentais; e 11,2%, religiosos.

Foram EI e seus braços os mais ativos, responsáveis por 43,9% das ações terroristas (641), seguidos dos grupos talibãs, com 17,5% (225); Boko Haram, com 9,4% (137); Al Shabaab, com 7,5% e 109 atentados; e os braços de Al Qaeda, com 6,2% e 90 ações.

Os 227 atentados restantes foram realizados por outras organizações terroristas.

Quase todos os grupos utilizaram numa porcentagem elevada como modus operandi o ataque suicida.

E, segundo o estudo, o EI assassinou mais da metade de todas as vítimas do terrorismo jihadista (7.024 mortos), seguido dos talibãs (2.718).

Mogadíscio, capital da Somália, liderou a lista dos atentados mais sangrentos, pois 512 pessoas morreram no dia 14 de outubro em um ataque contra civis realizado por Al Shabaab.

Outro ato terrorista, realizado pelo EI em 24 de novembro no Sinai (Egito), foi o segundo com mais vítimas fatais (305), e o terceiro foi feito pelos talibãs em 21 de abril em Balkf (Afeganistão).

Das 15 ações cometidas em França, Reino Unido, Bélgica, Alemanha, Suécia, Finlândia e Espanha, dez causaram mortos: 62 no total.

França e Reino Unido foram os países europeus mais afetados pelos atentados, com quatro cada um.