AI acusa partes do conflito sírio de ter cometido crimes de guerra
Beirute, 22 fev (EFE).- As partes do conflito na Síria cometeram com impunidade crimes de guerra e outras violações graves contra a legalidade internacional, assim como abusos dos direitos humanos, denunciou nesta quinta-feira a Anistia Internacional (AI) em seu relatório anual.
A AI acusou as forças do governo sírio e seus aliados de terem realizado ataques indiscriminados e diretos contra civis, enquanto, por outro lado, mantiveram cercos prolongados em áreas predominantemente residenciais.
Esta prática foi também praticada por facções armadas como a Organização de Libertação do Levante (aliança do ex-braço sírio da Al Qaeda) e o Movimento Islâmico dos Livres de Sham que, há muito tempo, cercam Fua e Kefraya, no norte do país.
Outros abusos por parte de organizações armadas contra civis são os ataques, tantos diretos como indiscriminados, cometidos pelo grupo Estado Islâmico (EI), que também cometeu homicídios ilegítimos de cidadãos.
Segundo a AI, os jihadistas impediram que os civis fugissem e os usaram como escudos humanos, durante a ofensiva das Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada liderada por milícias curdas; e da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, para tirar do EI o controle da cidade de Al Raqqa.
O relatório lembra que tanto o EI como a Organização de Libertação do Levante reivindicaram a responsabilidade de atentados suicidas e outros ataques contra civis.
O documento fala, além disso, do disparo indiscriminado de projéteis e bombas por parte das organizações armadas da oposição síria em Ghouta Oriental durante combates internos entre esses grupos, que tiraram as vidas de cem pessoas, entre civis e combatentes.
Por sua vez, a coalizão internacional continuou os bombardeios contra o EI, embora alguns dos ataques tenham violado o direito internacional humanitário e matado e ferido civis, segundo a AI.
Enquanto isso, a autoproclamada área curdo-síria no norte do país fez detenções arbitrárias de ativistas da oposição curda; muitos deles submetidos a longos períodos à espera de julgamento em condições precárias.
Além disso, as forças de segurança sírias mantiveram detidas milhares de pessoas sem julgamento, frequentemente em situações que acabaram em desaparecimentos forçados, segundo a ONG.
A tortura e outros maus tratos sob custódia dos serviços de segurança e inteligência do governo e nas prisões estatais continuaram sendo uma prática sistemática e generalizada, o que causou um elevado número de mortes de detidos.
A AI afirmou ainda que as forças governamentais cometeram homicídios ilegítimos na prisão militar de Saidnaya, perto de Damasco, onde entre 2011 e 2015 até 13 mil detentos foram executados extrajudicialmente durante a noite em enforcamentos maciços.
A AI acusou as forças do governo sírio e seus aliados de terem realizado ataques indiscriminados e diretos contra civis, enquanto, por outro lado, mantiveram cercos prolongados em áreas predominantemente residenciais.
Esta prática foi também praticada por facções armadas como a Organização de Libertação do Levante (aliança do ex-braço sírio da Al Qaeda) e o Movimento Islâmico dos Livres de Sham que, há muito tempo, cercam Fua e Kefraya, no norte do país.
Outros abusos por parte de organizações armadas contra civis são os ataques, tantos diretos como indiscriminados, cometidos pelo grupo Estado Islâmico (EI), que também cometeu homicídios ilegítimos de cidadãos.
Segundo a AI, os jihadistas impediram que os civis fugissem e os usaram como escudos humanos, durante a ofensiva das Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada liderada por milícias curdas; e da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, para tirar do EI o controle da cidade de Al Raqqa.
O relatório lembra que tanto o EI como a Organização de Libertação do Levante reivindicaram a responsabilidade de atentados suicidas e outros ataques contra civis.
O documento fala, além disso, do disparo indiscriminado de projéteis e bombas por parte das organizações armadas da oposição síria em Ghouta Oriental durante combates internos entre esses grupos, que tiraram as vidas de cem pessoas, entre civis e combatentes.
Por sua vez, a coalizão internacional continuou os bombardeios contra o EI, embora alguns dos ataques tenham violado o direito internacional humanitário e matado e ferido civis, segundo a AI.
Enquanto isso, a autoproclamada área curdo-síria no norte do país fez detenções arbitrárias de ativistas da oposição curda; muitos deles submetidos a longos períodos à espera de julgamento em condições precárias.
Além disso, as forças de segurança sírias mantiveram detidas milhares de pessoas sem julgamento, frequentemente em situações que acabaram em desaparecimentos forçados, segundo a ONG.
A tortura e outros maus tratos sob custódia dos serviços de segurança e inteligência do governo e nas prisões estatais continuaram sendo uma prática sistemática e generalizada, o que causou um elevado número de mortes de detidos.
A AI afirmou ainda que as forças governamentais cometeram homicídios ilegítimos na prisão militar de Saidnaya, perto de Damasco, onde entre 2011 e 2015 até 13 mil detentos foram executados extrajudicialmente durante a noite em enforcamentos maciços.
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