Santo Sepulcro reabrirá amanhã após 3 dias de fechamento inédito
Jerusalém, 27 fev (EFE).- As principais igrejas cristãs de Jerusalém anunciaram nesta terça-feira que reabrirão amanhã o Santo Sepulcro, o lugar mais sagrado do cristianismo, depois que o mesmo ficou fechado durante três dias por disputas legais e tributárias com as autoridades de Israel.
"A Igreja do Santo Sepulcro, o lugar da crucificação e ressurreição do Senhor, reabrirá aos peregrinos amanhã, 28 de fevereiro, às 4h da madrugada", informou um comunicado assinado pelo patriarca grego-ortodoxo, Theophilos III; o custódio católico da Terra Santa, Francesco Patton, e o patriarca armênio, Nourhan Manougian, os máximos responsáveis pelo local.
A decisão acontece poucas horas depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou ter combinado com o prefeito do Jerusalém, Nir Barkat, "estabelecer uma equipe profissional (...) com a participação de todas as partes relevantes, para formular uma solução para o assunto dos impostos municipais sobre propriedades da igreja que não são centros de culto".
Netanyahu anunciou que estavam suspensas "as ações de arrecadação" que tinham começado nas últimas semanas e a revisão de uma proposta de lei em discussão no parlamento (Knesset) que permitiria expropriar retroativamente terras vendidas pelas igrejas a empresas e civis.
Os três líderes cristãos assinaram no domingo um comunicado duro e pouco habitual, no qual ordenaram o fechamento do Santo Sepulcro e denunciaram um "ataque contra a presença cristã na Terra Santa".
A decisão aconteceu depois que a prefeitura ordenou o congelamento das contas bancárias das igrejas, às quais acusa de falta de pagamento do Imposto sobre Bens Imóveis (IBI), do qual estavam isentas historicamente, mas que, agora, a administração municipal ordenou aplicar sobre os bens não utilizados para culto, como hotéis, casas de peregrinos e salões.
Durante três dias, fiéis locais e de todo o mundo se aproximaram dos portões totalmente fechados da igreja.
Na tarde de hoje, cerca de 250 fiéis percorreram o bairro cristão da Cidade Velha de Jerusalém, na parte ocupada da cidade, portando uma cruz, em uma marcha de protesto que terminou na esplanada onde fica a basílica.
"Vir aqui e não poder rezar... É o dia mais triste da minha vida (...). Nunca me senti tão envergonhada de Israel, de ver os direitos da Igreja, a Igreja-mãe de Jerusalém, sequestrados e vencidos desta maneira", disse à Efe uma moradora da cidade que acompanhava o protesto, filha de uma mãe cuja família está há cinco gerações na Cidade Santa e de um pai católico sobrevivente do Holocausto.
Um turista da Coreia do Sul mostrou seu descontentamento por não poder entrar na igreja, depois de fazer "um caminho muito longo só para vê-la".
"A Igreja do Santo Sepulcro, o lugar da crucificação e ressurreição do Senhor, reabrirá aos peregrinos amanhã, 28 de fevereiro, às 4h da madrugada", informou um comunicado assinado pelo patriarca grego-ortodoxo, Theophilos III; o custódio católico da Terra Santa, Francesco Patton, e o patriarca armênio, Nourhan Manougian, os máximos responsáveis pelo local.
A decisão acontece poucas horas depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou ter combinado com o prefeito do Jerusalém, Nir Barkat, "estabelecer uma equipe profissional (...) com a participação de todas as partes relevantes, para formular uma solução para o assunto dos impostos municipais sobre propriedades da igreja que não são centros de culto".
Netanyahu anunciou que estavam suspensas "as ações de arrecadação" que tinham começado nas últimas semanas e a revisão de uma proposta de lei em discussão no parlamento (Knesset) que permitiria expropriar retroativamente terras vendidas pelas igrejas a empresas e civis.
Os três líderes cristãos assinaram no domingo um comunicado duro e pouco habitual, no qual ordenaram o fechamento do Santo Sepulcro e denunciaram um "ataque contra a presença cristã na Terra Santa".
A decisão aconteceu depois que a prefeitura ordenou o congelamento das contas bancárias das igrejas, às quais acusa de falta de pagamento do Imposto sobre Bens Imóveis (IBI), do qual estavam isentas historicamente, mas que, agora, a administração municipal ordenou aplicar sobre os bens não utilizados para culto, como hotéis, casas de peregrinos e salões.
Durante três dias, fiéis locais e de todo o mundo se aproximaram dos portões totalmente fechados da igreja.
Na tarde de hoje, cerca de 250 fiéis percorreram o bairro cristão da Cidade Velha de Jerusalém, na parte ocupada da cidade, portando uma cruz, em uma marcha de protesto que terminou na esplanada onde fica a basílica.
"Vir aqui e não poder rezar... É o dia mais triste da minha vida (...). Nunca me senti tão envergonhada de Israel, de ver os direitos da Igreja, a Igreja-mãe de Jerusalém, sequestrados e vencidos desta maneira", disse à Efe uma moradora da cidade que acompanhava o protesto, filha de uma mãe cuja família está há cinco gerações na Cidade Santa e de um pai católico sobrevivente do Holocausto.
Um turista da Coreia do Sul mostrou seu descontentamento por não poder entrar na igreja, depois de fazer "um caminho muito longo só para vê-la".
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