Israel rejeita investigação independente sobre violência em protestos em Gaza
Laura Fernández Palomo.
Jerusalém, 1 abr (EFE).- O governo de Israel rejeitou neste domingo a investigação independente solicitada por ONU e União Europeia sobre a violência registrada na sexta-feira na Faixa de Gaza, onde 15 palestinos morreram e mais de 1,4 mil ficaram feridos.
"Fizeram o que tinham que fazer. Acredito que nossas tropas merecem reconhecimento. E não haverá investigação", afirmou o ministro de Defesa do país, Avigdor Lieberman,
"A maioria era terrorista", completou o ministro, citando o fato de dez dos 15 mortos serem membros ativos do Hamas.
Lieberman considerou que o pedido de investigação é hipócrita e defendeu a atuação dos soldados, repetindo o discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que alegou estar tomando "medidas firmes para defender a soberania do país".
Dezenas de milhares de palestinos participaram da chamada Grande Marcha do Retorno em Gaza, a primeira de uma série de manifestações que durará seis semanas. O protesto terminou em confronto.
As 15 mortes confirmadas e o alto número de feridos provocaram a comoção da comunidade internacional e críticas de países e ONGs que condenaram o uso excessivo da força por parte de Israel.
O Exército de Israel afirma que os manifestantes lançaram objetos incendiários contra os soldados e ultrapassaram o limite de 300 metros para a fronteira, uma área restrita. Por causa disso, os soldados responderam com munição real e gás lacrimogêneo.
As ONGs Al Mizan e Adalah (Centro Legal pelos Direitos da Minoria Arábe) pediram ontem a Israel o acesso à área depois de identificarem na sexta-feira dois homens em "condições desconhecidas", caídos a 150 metros da fronteira.
Hoje, o comandante-geral Yoav Mordejai, responsável pelo órgão militar que controla a região, informou que os corpos desses dois palestinos estão retidos, aumentando assim o número de mortes nos confrontos de sexta-feira para 17.
Mordejai identificou os mortos como Masab Salul, membro do braço armado do Hamas, e Mohammed Rabaya. Segundo o general, ambos estavam armados e com intenção de atacar Israel.
Além disso, o comandante alertou que não devolverão os corpos de quem considera como "terroristas" até recuperar os corpos de israelenses que o Hamas mantém desde 2014.
O dirigente do Hamas, Ismail Haniyeh, considerou que o protesto de sexta-feira foi um sucesso. Segundo os organizadores, 40 mil pessoas participaram da manifestação.
"A Grande Marcha do Retorno é um grande ato e um dia de glória na história da Palestina e da luta popular e civilizada", defendeu Haniyeh, antecipando que os protestos continuarão.
O deputado do partido nacionalista Al Fatah, Ahsraf Jomma, pediu hoje uma distância de segurança de 700 metros da fronteira com Israel para a realização das manifestações.
Pelo terceiro dia seguido, novos distúrbios foram registrados. Um palestino ficou gravemente ferido após levar um tiro na cabeça, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
Jerusalém, 1 abr (EFE).- O governo de Israel rejeitou neste domingo a investigação independente solicitada por ONU e União Europeia sobre a violência registrada na sexta-feira na Faixa de Gaza, onde 15 palestinos morreram e mais de 1,4 mil ficaram feridos.
"Fizeram o que tinham que fazer. Acredito que nossas tropas merecem reconhecimento. E não haverá investigação", afirmou o ministro de Defesa do país, Avigdor Lieberman,
"A maioria era terrorista", completou o ministro, citando o fato de dez dos 15 mortos serem membros ativos do Hamas.
Lieberman considerou que o pedido de investigação é hipócrita e defendeu a atuação dos soldados, repetindo o discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que alegou estar tomando "medidas firmes para defender a soberania do país".
Dezenas de milhares de palestinos participaram da chamada Grande Marcha do Retorno em Gaza, a primeira de uma série de manifestações que durará seis semanas. O protesto terminou em confronto.
As 15 mortes confirmadas e o alto número de feridos provocaram a comoção da comunidade internacional e críticas de países e ONGs que condenaram o uso excessivo da força por parte de Israel.
O Exército de Israel afirma que os manifestantes lançaram objetos incendiários contra os soldados e ultrapassaram o limite de 300 metros para a fronteira, uma área restrita. Por causa disso, os soldados responderam com munição real e gás lacrimogêneo.
As ONGs Al Mizan e Adalah (Centro Legal pelos Direitos da Minoria Arábe) pediram ontem a Israel o acesso à área depois de identificarem na sexta-feira dois homens em "condições desconhecidas", caídos a 150 metros da fronteira.
Hoje, o comandante-geral Yoav Mordejai, responsável pelo órgão militar que controla a região, informou que os corpos desses dois palestinos estão retidos, aumentando assim o número de mortes nos confrontos de sexta-feira para 17.
Mordejai identificou os mortos como Masab Salul, membro do braço armado do Hamas, e Mohammed Rabaya. Segundo o general, ambos estavam armados e com intenção de atacar Israel.
Além disso, o comandante alertou que não devolverão os corpos de quem considera como "terroristas" até recuperar os corpos de israelenses que o Hamas mantém desde 2014.
O dirigente do Hamas, Ismail Haniyeh, considerou que o protesto de sexta-feira foi um sucesso. Segundo os organizadores, 40 mil pessoas participaram da manifestação.
"A Grande Marcha do Retorno é um grande ato e um dia de glória na história da Palestina e da luta popular e civilizada", defendeu Haniyeh, antecipando que os protestos continuarão.
O deputado do partido nacionalista Al Fatah, Ahsraf Jomma, pediu hoje uma distância de segurança de 700 metros da fronteira com Israel para a realização das manifestações.
Pelo terceiro dia seguido, novos distúrbios foram registrados. Um palestino ficou gravemente ferido após levar um tiro na cabeça, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
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