Global Air registrava problemas de gestão antes e depois do acidente em Cuba
Eduard Ribas Admetlla.
Cidade do México, 22 mai (EFE).- A Global Air, companhia aérea mexicana proprietária do avião que caiu em Cuba, se caracteriza por uma gestão confusa antes e depois do acidente da sexta-feira passada, com um site parado e contas em redes sociais praticamente inativas.
A empresa, registrada sob o nome Companhias aéreas Damojh, tem uma sede em uma antiga casa do centro da Cidade do México e se dedica a alugar aeronaves a outras companhias aéreas como a Cubana de Aviación, que operava o voo acidentado.
De acordo com alguns meios de comunicação mexicanos, a companhia aérea pertence ao empresário espanhol Manuel Rodríguez Campos. Consultada pela Agência Efe, a companhia confirmou a vinculação de Rodríguez com a empresa, mas se negou a detalhar seu cargo.
Esta é uma das amostras do quão nebulosa é a gestão da Global Air, fundada na cidade mexicana de Guadalajara em 1990 e que conta com uma força de trabalho de entre 31 e 50 pessoas, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Geografia do México.
Embora a empresa conte na internet com o domínio globalair.aero, o site parece não estar com as contas em dia, razão pela qual não é possível visualizá-lo.
No momento do acidente, a Global Air dispunha de uma página no Facebook, mas estava praticamente em desuso e oferecia um número telefônico que se comunicava com um domicílio particular.
As últimas publicações da companhia nesta rede social foram em 1º de fevereiro de 2017 e em 6 de julho de 2016, e mostravam fotografias dos seus aviões.
Alguns usuários tinham comentado nestas fotografias suas queixas diante das dificuldades para se comunicar com a empresa.
Após a queda do avião, a Global Air apagou estas publicações e ativou também uma conta no Twitter que tinha sido criada em fevereiro de 2018, mas, que no momento do acidente, não contava com nenhuma mensagem nem tinha seguidores.
Desde então, a empresa utilizou Facebook e Twitter como canais de comunicação através dos quais emitiu quatro breves comunicados informando sobre a identidade da tripulação e os avanços na identificação das 111 vítimas mortais.
"A Global Air expressa suas mais sinceras condolências e solidariedade aos afetados do acidente ocorrido no dia de hoje em Havana. Estamos trabalhando em conjunto com as autoridades para mantê-los informados", afirma o único tweet publicado pela companhia, que foi divulgado no mesmo dia do acidente.
Além disso, a companhia aérea mexicana abriu dois números telefônicos habilitados somente para atender familiares das vítimas no acidente, mas não dispõe de nenhum contato para meios de comunicação.
A Global Air, que em novembro de 2017 superou com sucesso as revisões técnicas efetuadas anualmente pelas autoridades mexicanas, teve suas operações suspensas nesta segunda-feira enquanto a Aeronáutica Civil do México investiga o acidente.
De acordo com o governo mexicano, no momento do acidente a companhia aérea dispunha de três aeronaves comerciais e tinha permissões para oferecer serviços aéreos até junho de 2020.
Além disso, informaram que a companhia já tinha sido suspensa temporariamente das suas atividades em 2010 após uma aterrissagem de emergência, e em 2013, por conta do processo de um capitão da empresa que denunciou o estado de uma das aeronaves.
A companhia manteve durante os últimos anos sua base de operações no pequeno aeroporto nacional de Celaya, situado no estado de Guanajuato.
No caso do acidente em Cuba, o avião da companhia caiu na sexta-feira passada pouco depois de decolar do aeroporto de Havana com 104 passageiros, em sua maioria cubanos, e seis tripulantes mexicanos.
Três mulheres sobreviveram ao acidente e foram transferidas a um hospital da capital cubana, onde ontem morreu uma delas, a jovem cubana Grettel Landrove, de 23 anos.
A aeronave fazia a rota nacional entre Havana e Holguín, uma província a quase 700 quilômetros da capital na qual viviam 67 das 110 vítimas.
Cidade do México, 22 mai (EFE).- A Global Air, companhia aérea mexicana proprietária do avião que caiu em Cuba, se caracteriza por uma gestão confusa antes e depois do acidente da sexta-feira passada, com um site parado e contas em redes sociais praticamente inativas.
A empresa, registrada sob o nome Companhias aéreas Damojh, tem uma sede em uma antiga casa do centro da Cidade do México e se dedica a alugar aeronaves a outras companhias aéreas como a Cubana de Aviación, que operava o voo acidentado.
De acordo com alguns meios de comunicação mexicanos, a companhia aérea pertence ao empresário espanhol Manuel Rodríguez Campos. Consultada pela Agência Efe, a companhia confirmou a vinculação de Rodríguez com a empresa, mas se negou a detalhar seu cargo.
Esta é uma das amostras do quão nebulosa é a gestão da Global Air, fundada na cidade mexicana de Guadalajara em 1990 e que conta com uma força de trabalho de entre 31 e 50 pessoas, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Geografia do México.
Embora a empresa conte na internet com o domínio globalair.aero, o site parece não estar com as contas em dia, razão pela qual não é possível visualizá-lo.
No momento do acidente, a Global Air dispunha de uma página no Facebook, mas estava praticamente em desuso e oferecia um número telefônico que se comunicava com um domicílio particular.
As últimas publicações da companhia nesta rede social foram em 1º de fevereiro de 2017 e em 6 de julho de 2016, e mostravam fotografias dos seus aviões.
Alguns usuários tinham comentado nestas fotografias suas queixas diante das dificuldades para se comunicar com a empresa.
Após a queda do avião, a Global Air apagou estas publicações e ativou também uma conta no Twitter que tinha sido criada em fevereiro de 2018, mas, que no momento do acidente, não contava com nenhuma mensagem nem tinha seguidores.
Desde então, a empresa utilizou Facebook e Twitter como canais de comunicação através dos quais emitiu quatro breves comunicados informando sobre a identidade da tripulação e os avanços na identificação das 111 vítimas mortais.
"A Global Air expressa suas mais sinceras condolências e solidariedade aos afetados do acidente ocorrido no dia de hoje em Havana. Estamos trabalhando em conjunto com as autoridades para mantê-los informados", afirma o único tweet publicado pela companhia, que foi divulgado no mesmo dia do acidente.
Além disso, a companhia aérea mexicana abriu dois números telefônicos habilitados somente para atender familiares das vítimas no acidente, mas não dispõe de nenhum contato para meios de comunicação.
A Global Air, que em novembro de 2017 superou com sucesso as revisões técnicas efetuadas anualmente pelas autoridades mexicanas, teve suas operações suspensas nesta segunda-feira enquanto a Aeronáutica Civil do México investiga o acidente.
De acordo com o governo mexicano, no momento do acidente a companhia aérea dispunha de três aeronaves comerciais e tinha permissões para oferecer serviços aéreos até junho de 2020.
Além disso, informaram que a companhia já tinha sido suspensa temporariamente das suas atividades em 2010 após uma aterrissagem de emergência, e em 2013, por conta do processo de um capitão da empresa que denunciou o estado de uma das aeronaves.
A companhia manteve durante os últimos anos sua base de operações no pequeno aeroporto nacional de Celaya, situado no estado de Guanajuato.
No caso do acidente em Cuba, o avião da companhia caiu na sexta-feira passada pouco depois de decolar do aeroporto de Havana com 104 passageiros, em sua maioria cubanos, e seis tripulantes mexicanos.
Três mulheres sobreviveram ao acidente e foram transferidas a um hospital da capital cubana, onde ontem morreu uma delas, a jovem cubana Grettel Landrove, de 23 anos.
A aeronave fazia a rota nacional entre Havana e Holguín, uma província a quase 700 quilômetros da capital na qual viviam 67 das 110 vítimas.
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