Para Trump, solução para crise de crianças na fronteira é "que não venham ilegalmente"
O presidente americano, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (10) que a solução para a crise das crianças separadas de seus pais na fronteira com o México é "que não venham" aos Estados Unidos "ilegalmente".
"Bom, tenho uma solução. Digo às pessoas que não venham ilegalmente ao nosso país. Essa é a solução. (...) Vejam como fazem outras pessoas. Elas chegam legalmente", disse Trump ao ser perguntado sobre a última data limite para reunir os menores de 5 anos com seus pais antes de embarcar no Air Force One rumo a Bruxelas.
A administração Trump iniciou em abril a polêmica política de "tolerância zero" contra a imigração, que levou a separar de seus pais cerca de 3 mil menores de idade - dos quais 500 já foram entregues aos seus pais -, medida que foi finalmente suspensa em meados de junho pelas enormes críticas recebidas.
O juiz Dana Sabraw de São Diego (Califórnia) determinou no final do mês passado que as crianças menores de cinco anos deveriam estar com seus pais antes desta terça-feira e estabeleceu que o resto (de 5 anos em adiante) deve se reunir com seus parentes antes do dia 26 de julho.
"Temos leis, temos fronteiras. Não venham ao nosso país de maneira ilegal. Não é algo bom", continuou Trump, que desde a chegada à Casa Branca seguiu uma retórica de confronto com a imigração.
Em uma audiência judicial com Sabraw na segunda-feira, advogados do Departamento de Justiça (DOJ) explicaram que duas crianças já retornaram aos seus pais, enquanto farão o mesmo com outro grupo, o que permitiria chegar a um número de entre 54 e 59 menores.
Desta forma cumpririam em parte com o prazo imposto pelo juiz de reunificar os 102 menores com seus pais, fixado para esta terça-feira, e explicaram que nestes primeiros casos o processo foi mais ágil dado que os pais continuam em custódia das autoridades federais.
Trump chegará hoje durante a noite a Bruxelas para participar da cúpula de líderes da Otan, antes de viajar para o Reino Unido e concluir sua excursão europeia em 16 de julho em Helsinque, onde se reunirá com o líder russo, Vladimir Putin.
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