Mianmar rejeita acusações da ONU por "genocídio" contra rohingyas
Bangcoc, 29 ago (EFE).- O porta-voz do Governo de Mianmar, Zaw Htay, rejeitou um relatório realizado por investigadores da ONU onde é apontada a existência de elementos de "genocídio" na operação militar efetuada há um ano contra a minoria rohingya.
"Nós não permitiremos que a Missão Internacional de Investigação (da ONU) entre em Mianmar, por isso não aceitamos e nem estamos de acordo com qualquer resolução tomada pelo Conselho de Direitos Humanos", declarou o porta-voz, em declaração publicada nesta quarta-feira pelo jornal oficial "Global New Light of Mianmar".
Mais de 700 mil rohingyas fugiram para Bangladesh por causa da campanha de represália liderada pelo Exército de Mianmar e iniciada no dia 25 de agosto de 2017 após o ataque de um grupo insurgente rohingya contra 30 postos fronteiriços oficiais.
A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) calcula que pelo menos 6,7 mil rohingyas, incluindo 730 crianças menores de 5 anos, morreram em consequência da violência desencadeada pela atuação militar.
Os soldados foram acusados de cometer assassinatos, estupros em massa e queima de casas dos rohingyas no estado de Rakhine, onde esta minoria de maioria muçulmana se assenta há séculos.
Na última segunda-feira, os analistas da ONU assinalaram que há evidências de "genocídio intencional" e crimes contra a humanidade "cometidos em grande escala".
A missão também condenou o governo da vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, por não ter feito o suficiente para acabar com a violência e recomendou a criação de um tribunal internacional que investigue e julgue aos supostos responsáveis das Forças Armadas, entre eles o general Min Aung Hlaing.
No entanto, o porta-voz do governo disse que o Executivo já formou uma comissão independente - liderada pela diplomática filipina Rosario Manalo - que responderá, de acordo com Zaw Htay, às "falsas alegações realizadas pelas agências da ONU e comunidade internacional".
"Nós não permitiremos que a Missão Internacional de Investigação (da ONU) entre em Mianmar, por isso não aceitamos e nem estamos de acordo com qualquer resolução tomada pelo Conselho de Direitos Humanos", declarou o porta-voz, em declaração publicada nesta quarta-feira pelo jornal oficial "Global New Light of Mianmar".
Mais de 700 mil rohingyas fugiram para Bangladesh por causa da campanha de represália liderada pelo Exército de Mianmar e iniciada no dia 25 de agosto de 2017 após o ataque de um grupo insurgente rohingya contra 30 postos fronteiriços oficiais.
A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) calcula que pelo menos 6,7 mil rohingyas, incluindo 730 crianças menores de 5 anos, morreram em consequência da violência desencadeada pela atuação militar.
Os soldados foram acusados de cometer assassinatos, estupros em massa e queima de casas dos rohingyas no estado de Rakhine, onde esta minoria de maioria muçulmana se assenta há séculos.
Na última segunda-feira, os analistas da ONU assinalaram que há evidências de "genocídio intencional" e crimes contra a humanidade "cometidos em grande escala".
A missão também condenou o governo da vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, por não ter feito o suficiente para acabar com a violência e recomendou a criação de um tribunal internacional que investigue e julgue aos supostos responsáveis das Forças Armadas, entre eles o general Min Aung Hlaing.
No entanto, o porta-voz do governo disse que o Executivo já formou uma comissão independente - liderada pela diplomática filipina Rosario Manalo - que responderá, de acordo com Zaw Htay, às "falsas alegações realizadas pelas agências da ONU e comunidade internacional".
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