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Cidadãos de Gênova homenageiam vítimas do desabamento de ponte

14/09/2018 09h55

Roma, 14 set (EFE).- Os moradores da cidade de Gênova, na Itália, homenagearam nesta sexta-feira as vítimas do desabamento de uma ponte ocorrido há um mês com um minuto de silêncio, acidente que deixou 43 mortos.

Exatamente às 11h36 local (6h36, em Brasília), horário em que o viaduto desabou, vários cidadãos se reuniram na área do acidente para prestar homenagem às vítimas.

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, pediu a adoção de medidas concretas para atenuar as consequências da "tragédia inaceitável".

"Gênova não está esperando boas intenções e garantias, mas decisões e atuações concretas", afirmou Matarella em entrevista publicada hoje pelos jornais "La Stampa" e "Il Sicolo XIX".

"A cidade foi atingida por uma tragédia inaceitável. A reconstrução é um dever", acrescentou o presidente.

"É preciso agir rapidamente, com absoluta transparência e com a máxima competência (...), partindo da lembrança das vítimas e das necessidades básicas dos cidadãos que perderam tudo", continuou Matarella.

O primeiro-ministro, Giuseppe Conte, visita a cidade, onde se reunirá com o prefeito, Marco Bucci, e com o presidente da região de Ligúria, à qual pertence Gênova, Giovanni Toti, para explicar as medidas que deverão ser tomadas.

O Governo de coalizão da ultradireitista Liga Norte e o Movimento Cinco Estrelas (M5E) aprovou ontem um decreto "urgente" para ajudar os mais de 400 desalojados a enfrentar os danos causados pelo desabamento.

O decreto prevê, entre outras medidas, a criação de uma agência para a segurança de ruas, estradas e ferrovias, que contará com 250 engenheiros que percorrerão todo país para verificar o estado das infraestruturas, "como um verdadeiro órgão de inspeção e supervisão", detalhou o ministro de Infraestruturas, Danilo Toninelli.

Também será obrigatório que as infraestruturas contem com sensores que terão a função de controlar o estado de conservação das mesmas.

Após o desabamento, a Promotoria de Gênova abriu uma investigação para esclarecer as causas, na qual por enquanto há 20 pessoas investigadas, entre elas diretores da concessionária Autostrade per l'Italia, responsável pela manutenção da ponte.