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Segundo Promotoria da Arábia Saudita, assassinato de jornalista foi premeditado

Foto: Reprodução
Imagem: Foto: Reprodução

25/10/2018 08h47

O assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi foi "premeditado", segundo a informação que a Promotoria Geral da Arábia Saudita recebeu da Turquia sobre este caso, ocorrido no dia 2 de outubro no consulado do país em Istambul.

"A Promotoria Geral saudita recebeu informações da parte turca (...) da equipe da Arábia Saudita e da Turquia dizendo que os acusados deste incidente tinham a intenção premeditada de matar Khashoggi", informou a agência estatal "SPA".

Em um breve comunicado do procurador-geral, ​Saud al Moyeb, se afirmou que o organismo que dirige continua com suas "próprias investigações com os 18 acusados a fim de se chegar à verdade e à justiça".

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As autoridades sauditas mudaram sua versão sobre os fatos em várias ocasiões.

Em um primeiro momento, afirmaram que Khashoggi saiu do consulado com seus próprios pés no próprio dia 2, mas reconheceram o assassinato do jornalista no último dia 20.

Então a Promotoria afirmou que sua morte aconteceu em uma briga no interior do consulado em Istambul, uma versão que foi considerada como insuficiente por parte de vários Governos estrangeiros.

Ao reconhecer a morte do jornalista, a Promotoria anunciou a detenção de 18 pessoas e a demissão de dois funcionários de segurança envolvidos nos fatos.

O tempo todo as autoridades negaram que o rei Salman e o seu filho, o príncipe Mohammed, tivessem conhecimento dos fatos.

O príncipe Mohammed bin Salman afirmou ontem que a morte de Khashoggi é um "incidente odioso" e prometeu que os autores prestarão contas à justiça.

As autoridades turcas e sauditas ainda não informaram sobre o paradeiro do corpo do jornalista nem esclareceram quem deu a ordem de cometer o assassinato no consulado.