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Trump defende pena de morte para evitar massacres com armas de fogo

27/10/2018 15h29

Washington, 27 out (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu neste sábado a pena de morte para evitar massacres com armas de fogo como o ocorrido hoje em uma sinagoga na Pensilvânia e afirmou que a presença de um guarda armado no templo teria ajudado a evitar a tragédia.

"Deveríamos trabalhar para fortalecer as leis relacionadas com a pena de morte (...). Tantos incidentes em igrejas... (os agressores) deveriam pagar com a pena capital", declarou Trump a um grupo de jornalistas antes de partir para Indiana, onde deve participar de um evento agrícola.

Além disso, o presidente americano considerou que, apesar das medidas de segurança com as quais contava a sinagoga da Congregação da Árvore da Vida, a presença de um guarda de segurança armado evitaria que pessoas, "além" do agressor, fossem vitimadas.

As autoridades confirmaram que um suspeito foi detido e que, durante o ataque, aconteceram "várias mortes" e pelo menos seis pessoas ficaram feridos. A imprensa local aponta que poderiam ter morrido entre quatro e oito pessoas.

A emissora "NBC" afirma que o detido é Rob Bowers, de 46 anos, que teria entrado no templo armado com um fuzil semiautomático AR-15 e com várias pistolas, segundo relataram várias testemunhas.

Trump falou do incidente com o prefeito de Pittsburgh, Bill Peduto, e com o governador da Pensilvânia, Tom Wolf, e afirmou que o balanço "é muito mais devastador" do que se pensava inicialmente.

Por outro lado, o presidente elogiou o "soberbo" trabalho das forças de segurança ao lidar com a tragédia.

Segundo confirmou o diretor dos Serviços de Segurança de Pittsburgh, Wendell Hissrich, quatro agentes ficaram feridos durante o tiroteio que começou por volta das 10h (horário local, 11h de Brasília).

Perguntado sobre a necessidade de endurecer as leis sobre controle de armas, Trump sustentou que não era o momento de falar sobre o assunto e assegurou que se trata de um problema que não afeta apenas os Estados Unidos.

"O mundo é violento. É um mundo violento", disse, antes de reconhecer que é "uma vergonha que este tipo de evento aconteça uma e outra e outra vez".