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Jordânia aceita responsabilidade na tragédia com ônibus escolar no Mar Morto

30/10/2018 13h36

Amã, 30 out (EFE).- O governo da Jordânia aceitou nesta terça-feira sua responsabilidade na tragédia ocorrida na noite da quinta-feira passada quando um ônibus escolar foi arrastado por uma correnteza causada pelas fortes chuvas em uma região banhada pelo Mar Morto e na qual não tinha permissão para circular, causando a morte de 21 pessoas.

"O governo tem responsabilidades administrativas e éticas no que aconteceu", disse o primeiro-ministro da Jordânia, Omar Razzaz, ao parlamento.

Hoje, Razzaz respondeu a uma série de críticas dos deputados que pediram a renúncia do seu gabinete por causa das supostas deficiências que causaram o grande número de vítimas.

"O dever do governo nesses difíceis casos é investigar todas as circunstâncias, determinar claramente as responsabilidades e descobrir todas as deficiências institucionais e negligências para garantir que uma tragédia assim não volte a se repetir", afirmou o primeiro-ministro.

O governo criou um comitê para investigar o acidente do ônibus arrastado pelas águas depois do desabamento da ponte onde estava o veículo, na região de Al Zara, entre Wadi Mujib e Wadi Zerka. A maioria das vítimas tinha entre 11 e 13 anos.

Na quinta-feira passada, o Ministério da Educação da Jordânia indicou em comunicado que "a escola não tinha permissão para viajar" pela região do Mar Morto. A área é fundamentalmente rochosa, com vários vales às margens do Mar Morto e pouca vegetação, razão pela qual é ponto de inundações, já que a água da chuva desce das montanhas rumo aos rios.