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Trump ameaça desligar câmeras que mostram repórteres em entrevistas coletivas

7.nov.2018 - Presidente Donald Trump aponta para o jornalista da CNN Jim Acosta enquanto uma funcionária tenta tirar o microfone do repórter durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca após o resultado das eleições legislativas - Evan Vucci/AP
7.nov.2018 - Presidente Donald Trump aponta para o jornalista da CNN Jim Acosta enquanto uma funcionária tenta tirar o microfone do repórter durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca após o resultado das eleições legislativas Imagem: Evan Vucci/AP

Em Washington

18/11/2018 18h46

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu neste domingo a possibilidade de desligar as câmeras que enfocam jornalistas durante coletivas de imprensa, depois da polêmica envolvendo o repórter da CNN Jim Acosta.

"Uma das coisas que poderemos fazer é desligar a câmera que os enfoca, porque, então, não terão tempo no ar, embora, provavelmente, e serei processado por isso. Mas, você sabe, eu posso ganhar ou perder", disse o chefe de Estado, em entrevista à emissora americana "Fox News".

Há dois dias, o juiz federal Timothy J. Kelly ordenou que a Casa Branca devolvesse o credenciamento a Acosta, que durante uma entrevista coletiva, questionou Trump se havia "demonizado" imigrantes ilegais durante a campanha para as eleições legislativas.

A versão do governo é estavam reticentes em ceder o microfone ao repórter da CNN. O presidente disse à "Fox News", que o jornalista foi "incrivelmente, mal-educado com Sarah Huckabee (porta-voz da Casa Branca".

Trump revelou que está sendo preparado um pacote de "normas e regras" para a atuação de correspondentes na cobertura dentro da sede do governo. Além disso, advertiu que se Acosta "não se comportar" nas coletivas, será expulso, ou se cessará a atividade.

O presidente afirmou que gosta, mas nem sempre, de conceder a palavra ao repórter da CNN. Além disso, afirmou que ninguém mais do que ele, acredita na Primeira Emenda da Constituição, que garante a liberdade de imprensa.

"Não me importa de gerar notícias negativas, se estiver errado, se eu fizer algo errado", garantiu.

"As notícias sobre mim, em grande parte, são falsas. Inclusive, às vezes afirmam: 'fontes dizem'. Não há nenhuma fonte em muitos dos casos", completou Trump.