Presidente da África do Sul é acusado de mentir ao Parlamento sobre doação
Johanesburgo, 19 nov (EFE).- A oposição da África do Sul acusou o presidente do país, Cyril Ramaphosa, de mentir ao Parlamento sobre uma doação de campanha realizada por uma empresa suspeita de corrupção e pediu uma investigação, apesar de o chefe de Estado ter prometido devolver os fundos, informou nesta segunda-feira a imprensa local.
"Comprometer-se a devolver o dinheiro não elimina o fato de que o presidente enganou o Parlamento. Por essa razão, nossa opinião é que é necessária uma investigação parlamentar", afirmou Solly Malatsi, deputado do principal partido opositor sul-africano, a Aliança Democrática (AD), em declarações coletadas pelo portal "Eyewitness News".
O Lutadores pela Liberdade Econômica (EFF, na sigla em inglês), terceiro maior partido do país, também exigiu "respostas reais" sobre como e em troca de que a campanha de Ramaphosa foi financiada para conseguir a liderança do seu partido, o Congresso Nacional Africano (CNA), no final de 2017.
As acusações fazem referência a transferências ordenadas por um antigo diretor-executivo da empresa Bosasa - rebatizada em 2017 como African Global Operations -, que no passado obteve a concessão de lucrativos contratos com o Estado.
A companhia se dedica à gestão edifícios e seus serviços e esteve envolvida em várias investigações de corrupção junto a membros do CNA, acusada de obter as concessões estatais mediante pagamento de propina a políticos durante o mandato do ex-presidente Jacob Zuma (2009-2018).
No dia 6 de novembro, a AD perguntou a Ramaphosa no Parlamento sobre estas transferências, que chegam a 500 mil rands (US$ 35 mil) e foram depositadas nas contas de um fideicomisso supostamente como um pagamento a um dos filhos do presidente.
O chefe de Estado afirmou então que se tratava de um pagamento legal por serviços de consultoria contratados por seu filho Andile e afirmou que, se houvesse algo ilegal, ele mesmo o levaria à polícia.
No entanto, dez dias depois Ramaphosa voltou atrás e enviou uma carta ao Parlamento na qual afirmava que os fundos foram, na realidade, uma doação da qual ele não tinha conhecimento para sua campanha pela liderança do CNA.
A AD defende que o presidente não pode usar um "duplo padrão" em sua promessa de luta contra a corrupção agora que os casos afetam sua família.
Ramaphosa assumiu a Presidência da África do Sul em fevereiro deste ano, depois que o próprio CNA forçou a renúncia Zuma por seus múltiplos escândalos de corrupção.
"Comprometer-se a devolver o dinheiro não elimina o fato de que o presidente enganou o Parlamento. Por essa razão, nossa opinião é que é necessária uma investigação parlamentar", afirmou Solly Malatsi, deputado do principal partido opositor sul-africano, a Aliança Democrática (AD), em declarações coletadas pelo portal "Eyewitness News".
O Lutadores pela Liberdade Econômica (EFF, na sigla em inglês), terceiro maior partido do país, também exigiu "respostas reais" sobre como e em troca de que a campanha de Ramaphosa foi financiada para conseguir a liderança do seu partido, o Congresso Nacional Africano (CNA), no final de 2017.
As acusações fazem referência a transferências ordenadas por um antigo diretor-executivo da empresa Bosasa - rebatizada em 2017 como African Global Operations -, que no passado obteve a concessão de lucrativos contratos com o Estado.
A companhia se dedica à gestão edifícios e seus serviços e esteve envolvida em várias investigações de corrupção junto a membros do CNA, acusada de obter as concessões estatais mediante pagamento de propina a políticos durante o mandato do ex-presidente Jacob Zuma (2009-2018).
No dia 6 de novembro, a AD perguntou a Ramaphosa no Parlamento sobre estas transferências, que chegam a 500 mil rands (US$ 35 mil) e foram depositadas nas contas de um fideicomisso supostamente como um pagamento a um dos filhos do presidente.
O chefe de Estado afirmou então que se tratava de um pagamento legal por serviços de consultoria contratados por seu filho Andile e afirmou que, se houvesse algo ilegal, ele mesmo o levaria à polícia.
No entanto, dez dias depois Ramaphosa voltou atrás e enviou uma carta ao Parlamento na qual afirmava que os fundos foram, na realidade, uma doação da qual ele não tinha conhecimento para sua campanha pela liderança do CNA.
A AD defende que o presidente não pode usar um "duplo padrão" em sua promessa de luta contra a corrupção agora que os casos afetam sua família.
Ramaphosa assumiu a Presidência da África do Sul em fevereiro deste ano, depois que o próprio CNA forçou a renúncia Zuma por seus múltiplos escândalos de corrupção.
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