Pesquisa aponta que 48% da população da Venezuela vive em condição de pobreza
Caracas, 30 nov (EFE).- A Pesquisa sobre Condições de Vida na Venezuela (Encovi), realizada pelas principais universidades do país e divulgada nesta sexta-feira, revelou que 48% da população vive em situação de pobreza multidimensional, um resultado dois pontos percentuais maior do que o registrado em 2017.
O levantamento foi realizado com uma amostra de 6 mil pessoas de todo o país entre julho e setembro deste ano, explicou a diretora do Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade Católica Andrés Bello (UCAB), Anitza Freitez.
Ao apresentar o estudo realizado pela UCAB, pela Universidade Central da Venezuela (UCV) e pela Universidade Simón Bolívar (USB), Freitez afirmou que a medir a pobreza no país foi mais difícil neste ano devido ao ciclo de hiperinflação vivido pelo país.
"A porcentagem de famílias pobres é de 48%, quando em 2017 tinham registrado 46%", disse a especialista.
A pesquisa, realizada desde 2013, também reúne informações sobre as deficiências no abastecimento de água e eletricidade. Neste ano, apenas 29% dos entrevistados afirmaram possuir água regularmente em suas casas. Em 2017, o índice era de 45%.
Quanto à eletricidade, apenas 18% afirmaram que o serviço nunca é interrompido em suas casas, contra 25% de 2017. Além disso, outros 25% responderam que ficam sem luz diariamente por várias horas.
O aumento da pobreza venezuelana também é observado no crescimento do número de beneficiados de programas sociais.
"Não é uma boa notícia para o país que tantas pessoas tenham que receber ajuda do governo para atender algumas situações problemáticas ou algumas de suas necessidades", avaliou.
Em 2018, 63% dos consultados pela pesquisa relataram que recebem algum auxílio do governo. Algumas dessas pessoas fazem parte do programa do governo que vende alimentos subsidiados, o CLAP.
"São 16,3 milhões de beneficiados no CLAP", explicou Freitez, número que representa mais da metade da população.
A Encovi também perguntou sobre a chamada Carteira da Pátria, exigida pelo governo de Nicolás Maduro para que a população tenha acesso a alguns programas sociais e também para que os venezuelanos possam comprar gasolina subsidiada nos postos do país.
Segundo o estudo, 90% das pessoas possui a carteira.
Na época de lançamento da Carteira da Pátria, Maduro lançou ameaças de que o preço da gasolina no país iria ser reajustado e apenas aqueles que se inscrevessem no programa teriam acesso aos subsídios sobre o preço concedidos pelo governo, o que acabou não se confirmando posteriormente.
O levantamento foi realizado com uma amostra de 6 mil pessoas de todo o país entre julho e setembro deste ano, explicou a diretora do Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade Católica Andrés Bello (UCAB), Anitza Freitez.
Ao apresentar o estudo realizado pela UCAB, pela Universidade Central da Venezuela (UCV) e pela Universidade Simón Bolívar (USB), Freitez afirmou que a medir a pobreza no país foi mais difícil neste ano devido ao ciclo de hiperinflação vivido pelo país.
"A porcentagem de famílias pobres é de 48%, quando em 2017 tinham registrado 46%", disse a especialista.
A pesquisa, realizada desde 2013, também reúne informações sobre as deficiências no abastecimento de água e eletricidade. Neste ano, apenas 29% dos entrevistados afirmaram possuir água regularmente em suas casas. Em 2017, o índice era de 45%.
Quanto à eletricidade, apenas 18% afirmaram que o serviço nunca é interrompido em suas casas, contra 25% de 2017. Além disso, outros 25% responderam que ficam sem luz diariamente por várias horas.
O aumento da pobreza venezuelana também é observado no crescimento do número de beneficiados de programas sociais.
"Não é uma boa notícia para o país que tantas pessoas tenham que receber ajuda do governo para atender algumas situações problemáticas ou algumas de suas necessidades", avaliou.
Em 2018, 63% dos consultados pela pesquisa relataram que recebem algum auxílio do governo. Algumas dessas pessoas fazem parte do programa do governo que vende alimentos subsidiados, o CLAP.
"São 16,3 milhões de beneficiados no CLAP", explicou Freitez, número que representa mais da metade da população.
A Encovi também perguntou sobre a chamada Carteira da Pátria, exigida pelo governo de Nicolás Maduro para que a população tenha acesso a alguns programas sociais e também para que os venezuelanos possam comprar gasolina subsidiada nos postos do país.
Segundo o estudo, 90% das pessoas possui a carteira.
Na época de lançamento da Carteira da Pátria, Maduro lançou ameaças de que o preço da gasolina no país iria ser reajustado e apenas aqueles que se inscrevessem no programa teriam acesso aos subsídios sobre o preço concedidos pelo governo, o que acabou não se confirmando posteriormente.
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