Repressão em protestos por escassez e preços altos no Sudão deixa 6 mortos
Cartum, 20 dez (EFE).- Pelo menos seis pessoas morreram nesta quinta-feira em ações da Polícia sudanesa para dispersar manifestações contra a escassez de produtos básicos e o aumento dos preços desse itens em várias cidades do país, onde também foram atacadas sedes do governo, de acordo com a rede de TV estatal.
A emissora "Sudan TV" informou que seis manifestantes morreram na cidade da Al Qadarif, onde as autoridades decretaram o estado de emergência. Mais cedo, um médico, que não quis se identificar, do hospital público da cidade informou à Agência Efe que duas pessoas foram mortas pelos agentes. Segundo ele, uma das vítimas era um trabalhador autônomo e a outra era um estudante.
A violência entre os manifestantes e a Polícia explodiu depois que grupos mais exaltados queimaram um escritório de partido governante e a sede de governo provincial, assim como três veículos oficiais, de acordo com testemunhas.
Na na cidade de Dongola, os manifestantes atearam fogo em prédios do governo e na sede do oficial Partido do Congresso Nacional (PCN). Já na cidade de Berber, a Polícia reprimiu os protestos e disparou contra os manifestantes.
Ontem, as autoridades de Berber declararam o estado de emergência e toque de recolher das 18h às 6h. As aulas também estão suspensas por tempo indeterminado.
No estado de Senar, situado na fronteira com o Sudão do Sul e com a Etiópia, centenas de manifestantes saíram às ruas para protestar esta manhã e a Polícia os dispersou com gás lacrimogêneo. Já na capital sudanesa, Cartum, foram registrados nesta tarde os primeiros protestos. A Polícia também usou gás lacrimogêneo para dispersar o público e tiros puderam ser ouvidos da Universidade de Cartum. EFE
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