Morre um dos últimos sobreviventes do Levantamento do Gueto de Varsóvia
Jerusalém, 23 dez (EFE).- Israel se despedirá neste domingo de Simcha Rotem, conhecido como Kazik, um dos últimos lutadores judeus do Levantamento do Gueto de Varsóvia ainda vivos, que durante décadas trabalhou para manter a lembrança do Holocausto.
"Hoje perdemos uma voz muito importante. Kazik foi um verdadeiro lutador, no sentido completo da palavra", disse o diretor do Yad Vashem (Museu do Holocausto, em Jerusalém), Avner Shalev, em comunicado.
Rotem, que morreu aos 94 anos e que será enterrado hoje no kibutz Harel, no centro do país, foi "um valente e hábil jovem lutador. Não foi uma figura política, mas um homem que lutou pela memória do Holocausto na mais pura de suas formas", lembrou.
Nascido em Varsóvia (Polônia) em 1924, aos 12 anos ingressou no movimento juvenil sionista Hanoar Hazioni e no começo da Segunda Guerra Mundial, perdeu sete membros da sua família, entre eles seu irmão Israel, seus avôs e dois tios, em um bombardeio alemão sobre a sua residência, no qual ele mesmo e sua mãe ficaram feridos.
Em 1942, entrou no Gueto de Varsóvia como membro da organização judaica ZOB e lutou e fez contato entre o Gueto e a resistência no exterior durante o levantamento.
Quatro anos mais tarde, emigrou à então Palestina do mandato britânico e foi preso pelos britânicos em um centro de detenção. Depois disso, "se uniu à (milícia judia) Haganah, onde lutou na Guerra de Independência", segunda está demonstrado no museu Yad Vashem, que narra como passado o conflito armado, serviu como enviado de Israel em várias missões.
Em 1984, publicou um livro autobiográfico, que foi traduzido para diversos idiomas. EFE
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