Burkina Faso decreta estado de emergência em 7 províncias após ataques
Ouagadougou, 31 dez (EFE).- O governo de Burkina Faso decretou nesta segunda-feira estado de emergência em sete províncias do norte do país após uma série de supostos ataques terroristas cometidos recentemente em áreas próximas ao Mali.
"O presidente de Burkina Faso decidiu declarar estado de emergência em algumas províncias de Burkina Faso", afirmou o porta-voz do governo, Remeus Fulgance Dandjinou, ao detalhar que esta decisão foi tomada após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, em declarações citadas pela imprensa local.
A medida afeta as províncias de Haut-Bassin, Boucle du Mouhoun, Cascades, Centro-Leste, Leste, Norte e Sahel.
O presidente burquinense, Roch Marc Christian Kaboré, "também deu instruções para dispositivos de segurança específicos em todo o território", acrescentou o porta-voz governamental.
O estado de emergência foi decretado depois que dez policiais morreram e outros três ficaram feridos em uma emboscada de homens armados ocorridos na quinta-feira passada na região de Toeni, no noroeste do país, perto da fronteira com Mali.
Na sexta-feira passada, Kaboré condenou esse "ataque covarde e desprezável", que "não ficará sem castigo".
"A nossa determinação de lutar contra todas as forças obscuras que querem minar os esforços de desenvolvimento do nosso país e a construção de um verdadeiro estado de direito será impecável", acrescentou o chefe de Estado.
O grupo extremista Jama'at Nasr al-Islam wal Muslimin (JNIM), vinculado à rede Al Qaeda na Saara, reivindicou esse atentado, após ter cometido outros ataques este ano em Burkina Faso.
No último mês de outubro, pelo menos seis polícias morreram e cinco ficaram feridos no norte de Burkina Faso quando o comboio no qual viajavam sofreu um ataque de jihadistas.
A situação de segurança no país piorou nos últimos tempos e em março deste ano houve um grande atentado contra a sede do Estado Maior do exército burquinense e a embaixada da França.
Burkina Faso é um dos cinco países que compõem o G5 do Sahel (Mali, Mauritânia, Burkina Faso, Níger e Chade), grupo que combate o terrorismo jihadista na região. EFE
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