Piñera espera visita de Bolsonaro para abordar Mercosul e Aliança do Pacífico
Brasília, 1 jan (EFE).- O presidente do Chile, Sebastián Piñera, afirmou nesta terça-feira que pretende conversar sobre a aproximação entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico na visita que espera receber em breve de Jair Bolsonaro, que tomou posse hoje como presidente.
"Vamos conversar sobre como fazer confluir o mundo do Mercosul com a Aliança do Pacífico, para recuperar uma maior unidade dentro da América Latina", disse Piñera em declarações a jornalistas durante a recepção de gala que Bolsonaro ofereceu às autoridades que compareçam à sua posse nesta terça-feira.
Veja também
O Brasil faz parte do Mercosul junto com Argentina, Uruguai e Paraguai, enquanto o Chile é sócio de Colômbia, Peru e México na Aliança do Pacífico. Ambos blocos tiveram incipientes conversas sobre uma aproximação, mas até agora não houve nenhuma negociação nesse sentido.
O presidente chileno lembrou que Bolsonaro disse que sua primeira viagem internacional seria ao Chile e que espera poder marcar uma data o mais breve possível.
"Vai visitar o Chile muito prontamente e é muito importante que assim seja porque com o Brasil temos grandes projetos e queremos realizá-los em breve", destacou Piñera, um dos dez chefes de Estado ou de governo que estiveram presentes na posse de Bolsonaro.
Além da aproximação entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico, Piñera disse que espera aproveitar a visita de Bolsonaro ao Chile para conversar sobre um acordo em matéria de cibersegurança e outro sobre cooperação em biocombustíveis, uma área na qual o Brasil tem grande tecnologia como um dos maiores produtores mundiais de etanol e biodiesel.
Piñera acrescentou que aproveitou a posse de Bolsonaro para ter reuniões bilaterais com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza.
Sobre sua conversa com Netanyahu, explicou que o Chile está interessado em um acordo de cooperação que lhe permita aproveitar a tecnologia já desenvolvida por Israel em áreas como cibersegurança, inteligência artificial e, principalmente, aproveitamento de recursos hídricos. EFE