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Sobe para 79 número de mortos em explosão de oleoduto no México

20/01/2019 13h00

Cidade do México, 20 jan (EFE).- O número de mortos na explosão durante o furto de gasolina em um oleoduto da Petróleos Mexicanos (Pemex) em Tlahuelilpan, no estado de Hidalgo, no centro do México, aumentou de 73 para 79 depois que seis pessoas que estavam internadas no hospital não resistiram aos ferimentos.

"Somamos mais seis aos 73 contabilizados, e podemos assinalar que 79 mexicanos morreram em consequência da explosão", afirmou em entrevista coletiva o ministro da Saúde, Jorge Alcocer.

Alcocer detalhou que das 81 pessoas que foram hospitalizadas após a explosão na sexta-feira, 66 continuam internadas, 12 morreram, duas receberam alta e uma pessoa decidiu deixar o hospital por conta própria.

O procurador-geral do México, Alejandro Gertz, afirmou que, por enquanto, não se sabe o que provocou a explosão.

"A força da explosão foi de tal natureza que praticamente o único que sobrou foram os terrenos, que são parte dos trabalhos de investigação junto com as declarações das testemunhas", ressaltou Gertz.

Apesar da recente tipificação do roubo de combustível como crime grave, o procurador-geral explicou que não tem a intenção de "vitimizar" toda a população, mas sim encontrar os culpados.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, acredita que este plano contra o roubo de combustível acabe com a corrupção na Pemex e fortaleça a empresa.

"As instituições foram sequestradas por bandidos, por um bando de rufiões, de corruptos", disse López Obrador ao comentar o desempenho de outras administrações.

O presidente reiterou que seguirá com o combate frontal à corrupção: "Embora me chamem de messiânico, é preciso purificar a vida pública do país", assinalou.

Além disso, López Obrador defendeu o trabalho do exército na tragédia. "Atuaram muito bem", acrescentou, ao lembrar que não se pode reprimir a população.

Na sexta-feira pela tarde, um grupo de moradores do município de Tlahuelilpan provocou um vazamento em um oleoduto e começou a subtrair, de forma muito rudimentar, a gasolina do mesmo.

Após cerca de duas horas, e apesar da presença do exército, que pouco pôde fazer para controlar a multidão que se aproximava do oleoduto para recolher gasolina, houve uma forte explosão.

Desde que chegou ao poder em 1º de dezembro, López Obrador começou um combate frontal ao roubo de combustíveis através dos dutos da empresa estatal Pemex, um crime que gera prejuízos milionários para a companhia.

Para tal fim, o presidente reforçou a segurança nos oleodutos com milhares de agentes e passou a transportar mais gasolina com caminhões-tanque, o que causou uma crise de desabastecimento em dez estados do país, com postos de gasolina fechados e corridas aos distribuidores. EFE