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México mantém postura sobre Venezuela e segue reconhecendo Maduro

23/01/2019 18h36

Cidade do México, 23 jan (EFE).- O governo de Andrés Manuel López Obrador mantém sua postura sobre a Venezuela e segue reconhecendo Nicolás Maduro como presidente legítimo do país, informou nesta quarta-feira à Agência Efe o porta-voz da presidência do México, Jesús Ramírez Cuevas.

"Não há mudanças de postura, e isto implica em que o México segue reconhecendo Nicolás Maduro como presidente. Ele é o presidente democraticamente eleito", disse Cuevas em breves declarações.

O presidente do parlamento venezuelano, Juan Guaidó, anunciou nesta quarta-feira que assumiu as competências do Executivo no marco do que chamou de luta contra a "usurpação" da presidência por parte de Maduro.

Essa decisão foi reconhecida, até o momento, por países como Estados Unidos, Brasil, Colômbia, Peru, Equador, Costa Rica e Canadá.

Desde que assumiu a presidência no início do último mês de dezembro, Andrés Manuel López Obrador garantiu que, no âmbito das relações exteriores, manterá o princípio de não-intervenção.

Com base neste princípio, o México não assinou no início de janeiro uma declaração do Grupo de Lima no qual os países-membros decidiram não reconhecer a "legitimidade" de um novo governo de Nicolás Maduro.

"Nós não nos imiscuímos em assuntos internos de outros países porque não queremos que outros governos, outros países, se intrometam nos assuntos que só correspondem aos mexicanos", disse o líder esquerdista em 5 de janeiro, alegando que o país "se rege sob os princípios de "não-intervenção e autodeterminação dos povos".

Neste sentido, o coordenador de Comunicação Social reiterou nesta quarta-feira que, "como há uma disputa sobre a legitimidade do Governo, nós não nos metemos".

Por outro lado, nas redes sociais, o principal partido da oposição mexicana, o conservador Partido Ação Nacional (PAN), declarou que hoje "a Venezuela saiu às ruas e levantou a voz mais uma vez. Todo o nosso apoio a Guaidó, presidente interino da Venezuela. Fora a ditadura!". EFE