Venezuela denuncia "golpe de Estado" e rejeita debate regional na OEA
Washington, 24 jan (EFE).- Uma das representantes do governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na Organização dos Estados Americanos (OEA) denunciou nesta quinta-feira que seu país está sendo alvo de "um golpe de Estado" e rejeitou a convocação de uma sessão na organização para debater os eventos em território venezuelano.
"Ontem na Venezuela aconteceu um golpe de Estado por países que querem justificá-lo nesta organização", disse Asbina Ixchel Marin Sevilla, representante da Venezuela na OEA.
"Esta sessão é um atropelo à Carta da OEA (...) Nenhum dos atos que ocorram no dia de hoje terão validade para nosso governo e nossa nação", afirmou a diplomata venezuelana.
A Venezuela vive uma situação de incerteza política desde que Maduro tomou posse para um segundo mandato em 10 de janeiro, depois das eleições realizadas em maio de 2018 e não reconhecidas pela maior parte da comunidade internacional devido à ausência da oposição na disputa.
A Assembleia Nacional da Venezuela (AN, parlamento), que é controlada pela oposição, invocou a Constituição para declarar Maduro como um "usurpador" e assumir o Poder Executivo.
Como parte da incorporação de poderes, a Assembleia Nacional decidiu esta semana designar Gustavo Tarre Briceño como "representante especial" na OEA.
Esse representante não está presente na sessão desta quinta-feira e o assento da representação da Venezuela está ocupado por Asbina Ixchel Marin Sevilla.
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi o primeiro a reconhecer nesta quarta-feira o chefe do parlamento Juan Guaidó como governante legítimo da Venezuela, uma linha que foi seguida por vários países do continente americano, como Brasil, Colômbia, Equador e Argentina.
Segundo disseram à Agência Efe fontes diplomáticas, os países que respaldaram a legitimidade de Guaidó como presidente devem desenvolver uma declaração, um documento que serve para mostrar uma postura unificada sobre um tema, mas que não possui caráter vinculativo, como é o caso de uma resolução. EFE
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