Empregados roubaram quase US$ 1 milhão de ex-presidente do Zimbábue
Harare, 25 jan (EFE).- Três funcionários e uma parente de Robert Mugabe estão sendo julgados pelo roubo de quase US$ 1 milhão em uma das propriedades do ex-presidente do Zimbábue, segundo informou o jornal estatal "Herald".
Novas evidências apresentadas durante o julgamento revelaram que a quantia roubada do ex-mandatário é de US$ 922 mil, bem acima dos US$ 150 mil denunciados quando os suspeitos foram detidos no início deste mês.
De acordo com o relatório da procuradora Kessia Teveraishe, os fatos remontam a 2016, quando Mugabe encheu quatro malas de livros para levá-las à sua residência em Zvimba, a oeste de Harare, junto a outra mala que continha esse dinheiro em dólares, que é a moeda de uso no Zimbábue.
Mugabe entregou toda a bagagem a uma parente, Constance Mugabe, para que tomasse conta. Quando o ex-presidente pediu as malas de volta, em março de 2018, ela disse que não sabia onde estavam.
Os empregados teriam roubado uma mala com o dinheiro e depois gastaram o valor na compra de automóveis, terrenos e gado, motivo pelo qual foram descobertos.
Os suspeitos foram detidos há algumas semanas e postos em liberdade condicional ao pagarem uma fiança de US$ 2 mil cada. O julgamento foi adiado para 7 de fevereiro.
Embora tenha renunciado ao cargo em novembro de 2017, após um golpe de Estado, Mugabe ainda recebe uma pensão do governo que, segundo alguns jornais, gira em torno de US$ 13 mil. EFE
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