Venezuela diz que EUA retiraram funcionários de embaixada em Caracas
Caracas, 26 jan (EFE).- O governo venezuelano informou neste sábado através do Ministério de Relações Exteriores que os Estados Unidos "fizeram a retirada efetiva dos funcionários da missão diplomática" em Caracas e que os dois países vão negociar a criação de um escritório de interesses em cada capital.
O líder Nicolás Maduro tinha reiterado na quinta-feira que os diplomatas americanos deviam deixar o país no máximo até este domingo após dizer que o presidente americano, Donald Trump, quer impor um governo no país.
Maduro também determinou que os diplomatas venezuelanos nos Estados Unidos devem abandonar o país e fechar as embaixadas e os consulados, em resposta ao apoio que o governo em Washington deu ao titular do Parlamento, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino.
Já o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, respondeu que os Estados Unidos não retirariam os funcionários ao não reconhecer a autoridade de Maduro, a quem chamou de "ex-presidente".
"Os Estados Unidos mantêm relações diplomáticas com a Venezuela e as faremos através do Governo interino de Guaidó, que convidou nossa missão a permanecer na Venezuela", disse Pompeo.
Na quinta-feira passada, o Governo dos Estados Unidos ordenou a evacuação de todo os funcionários não essenciais na Venezuela.
A Chancelaria detalhou que a criação do escritório de interesses servirá para "atender trâmites migratórios e outros temas de interesse bilateral com estrito apego ao direito internacional para os casos de ruptura de relações entre países".
Além disso, detalhou que foi estabelecido um prazo de 30 dias para alcançar tal acordo.
"Visando este objetivo, foi autorizada a permanência dos funcionários remanescentes de cada missão, que durante o prazo estipulado continuarão amparados pelas prerrogativas diplomáticas, devendo concentrar suas atividades exclusivamente nas sedes que corresponderam às extintas embaixadas, antes da ruptura de relações", ressaltou o ministério venezuelano.
No entanto, o mesmo ministério informou que se as partes não alcançarem um acordo em 30 dias, "as missões cessarão atividades e ambos os Estados procederão a designar o ente que cada qual escolherá para confiar seus respectivos interesses, devendo os funcionários remanescentes deixar o território de cada país dentro das seguintes 72 horas posteriores ao vencimento do referido prazo". EFE
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