Ex-assessor de Trump, Stone diz que é inocente de acusações no "caso Rússia"
Washington, 29 jan (EFE).- Ex-assessor do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Roger Stone se declarou nesta segunda-feira inocente das acusações de obstrução à Justiça, manipulação de testemunhas e declarações falsas dentro das investigações sobre a interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016.
Preso na última sexta-feira em Fort Lauderdale, na Flórida, o consultor político republicano foi ouvido nesta terça-feira durante uma audiência no tribunal do Distrito de Columbia, em Washington.
A juíza responsável pelo caso determinou que Stone compareça mais uma vez ao tribunal na tarde da próxima sexta-feira.
As acusações contra Stone são parte da investigação comandada pelo promotor especial Robert Mueller, designado para apurar de maneira independente se houve conspiração entre integrantes da campanha de Trump com o governo da Rússia nas eleições de 2016.
Na denúncia, Mueller acusou Stone de ter mentido para os congressistas da Comissão de Inteligência da Câmara dos Representantes e de ter pressionado outras testemunhas para também mentir ao comitê, que realiza uma investigação própria do caso.
Segundo a acusação, integrantes da campanha de Trump pediram que Stone entrasse em contato em 2016 com a "Organização 1", entidade que parece ser o Wikileaks, responsável por vazar e-mails que prejudicaram a democrata Hillary Clinton nas eleições.
As mensagens mostravam que funcionários do Partido Democrata tinham conspirado para favorecer a vitória de Hillary sobre o senador Bernie Sanders nas primárias.
Mueller não acusa Stone de ter um papel direto no vazamento do Wikileaks. A defesa de Trump questiona que os documentos apresentados pelo promotor não provam qualquer coordenação entre a campanha do agora presidente e o Kremlin para prejudicar o pleito.
Stone trabalhou até 2015 como assessor de Trump na campanha presidencial, mas seguiu oferecendo conselhos ao então candidato de forma informal até a vitória eleitoral em novembro de 2016.
O acusado é um dos mais importantes consultores políticos e lobistas republicanos, tendo trabalhado para vários candidatos do partido à presidência, como Richard Nixon, Ronald Reagan e Bob Dole.
Até agora, 34 pessoas foram acusadas por Mueller, entre elas várias pessoas próximas a Trump, como o ex-chefe de campanha do presidente, Paul Manafort. EFE
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