Filha do principal líder da oposição do Sudão é detida
Cartum, 30 jan (EFE).- As autoridades sudanesas detiveram nesta quarta-feira Mariam Sadeq al Mahdi, filha do principal líder da oposição, Sadeq al Mahdi, em meio aos protestos generalizados que ocorrem há mais de um mês e exigem a renúncia do presidente, Omar al Bashir, nos quais morreram pelo menos 30 pessoas.
O partido Al Umma (A Nação), do qual Mariam al Mahdi é vice-presidente, informou sua detenção, que aconteceu na casa da opositora, situada no bairro Al Safia, na cidade de Cartum do Norte, vizinha à capital.
As forças de segurança chegaram na manhã de hoje à casa de Mariam e a levaram "a um lugar desconhecido", informou o partido liderado por Sadeq al Mahdi em comunicado.
A detenção da vice-presidente do Al Umma aconteceu cinco dias depois de seu pai ter pedido em discurso, pela primeira vez desde o início dos protestos, a renúncia de Al Bashir, que está no poder desde o golpe de Estado de 1989, no qual derrubou o próprio Al Mahdi.
As forças de segurança também cercaram hoje a Universidade de Cartum e impediram a entrada dos professores, que estavam preparando um ato de protesto.
Cerca de 500 professores sudaneses assinaram um manifesto pedindo a renúncia de Al Bashir e que seja formado um governo de transição.
Os protestos se desencadearam em 19 de dezembro e desde então acontecem com frequência quase diária em cidades de todo o país, apesar da violência usada pela polícia para reprimir as manifestações.
O governo sudanês reconheceu a morte de 30 manifestantes, mas a oposição calcula que pelo menos 45 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas desde o início dos protestos.
Al Bashir recebeu o apoio do exército e da polícia, assim como de países aliados como Egito, Arábia Saudita e Catar. EFE
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