Espanha condena detenção em Caracas de equipe de jornalistas da Agência Efe
Madri, 31 jan (EFE).- O Governo espanhol rejeitou "energicamente" nesta quinta-feira a detenção em Caracas de quatro membros de uma equipe da Agência Efe por soldados do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin).
Em comunicado, o Governo assegurou que "desde que teve conhecimento da detenção, através da Embaixada em Caracas, está fazendo todo o necessário para conseguir a libertação dos mesmos o mais breve possível".
Os detidos são o jornalista espanhol Gonzalo Domínguez Loeda, a jornalista colombiana Maurén Vargas e o fotógrafo colombiano Leonardo Muñoz, assim como o motorista venezuelano José Salas.
Os três jornalistas fazem parte de uma equipe que viajou desde Bogotá para cobrir a crise da Venezuela.
No comunicado, o Governo espanhol requer "novamente" às autoridades venezuelanas "o respeito do Estado de direito, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, das quais a liberdade de imprensa é um elemento central".
Segundo jornalistas da Agência Efe em Caracas, cinco membros do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) chegaram na noite de quarta-feira no hotel onde os enviados especiais estavam hospedados e detiveram o espanhol Gonzalo Domínguez Loeda e a colombiana Maurén Vargas.
Os agentes do Sebin, fortemente armados, ordenaram a Domínguez e a Maurén que os acompanhassem e os levaram detidos para interrogá-los.
A diretora da Efe em Caracas, Nélida Fernández, seguiu para o local para onde os jornalistas foram levados com um advogado para tentar esclarecer a situação diante das autoridades venezuelanas e obter a sua libertação o mais rápido possível.
No entanto, Nélida afirmou que advogados não puderam entrar na sede do serviço de inteligência em Caracas.
O contato com o fotógrafo Leonardo Muñoz e o motorista que o acompanhava, o venezuelano José Salas, que iriam cobrir as manifestações contra o regime de Nicolás Maduro no bairro caraquenho de Petare, foi perdido na manhã da quarta-feira.
Sobre Muñoz, os agentes venezuelanos disseram que estavam "entrevistando" ambos. EFE
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