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Espanha reconhecerá Guaidó como presidente interino da Venezuela na 2ª feira

31/01/2019 17h35

Bucareste, 31 jan (EFE).- A Espanha reconhecerá oficialmente na próxima segunda-feira o líder do parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino do país, confirmou nesta quinta-feira o ministro de Relações Exteriores e Cooperação espanhol, Josep Borrell.

"Será na segunda-feira. Oito dias, o presidente (do governo da Espanha, Pedro Sánchez) disse claramente. Quando terminar esse prazo (para a Venezuela marcar eleições), naturalmente o presidente e os demais países que assim se posicionaram o farão", disse Borrell a jornalistas em Bucareste, na Romênia, onde participa de uma reunião informal de ministros da União Europeia (UE).

Borrell também ressaltou que "o reconhecimento é um ato nacional, de cada Estado. Por outra parte, é preciso ver qual é a dimensão jurídica, a dimensão política deste tipo de atuação".

"Não é uma competência comunitária. A UE não pode reconhecer nem Estados, muito menos vai reconhecer presidentes", comentou Borrell, que explicou que cada Estado vai exercer essas competências "como as considerar oportunas" e afirmou que "o importante "é que se possa fazer dentro de um marco comum".

"Esse marco comum foi criado para um número muito grande de Estados e agora se tenta conseguir estendê-lo a outros. Mas ainda não acabou o plano e não acabaram os procedimentos", indicou.

Por outra parte, Borrell disse que "está claro" que o grupo de contato que a UE quer impulsionar para a Venezuela será criado.

"As resistências e as dúvidas de alguns países estão se dissipando. Pena que não fizemos isso antes porque agora nos seria de muita utilidade", considerou.

O chefe da diplomacia espanhola antecipou que sua criação será formalizada na próxima semana e, muito provavelmente, já aconteça uma reunião ministerial dos países-membros.

"Certamente, a Espanha estaria lá. Tomamos a liderança na criação deste grupo há mais de três meses", disse.

Borrell ainda detalhou que não será um grupo "para mediar, ao contrário do que estão fazendo México e Uruguai, que convocaram uma conferência internacional" para esse fim.

"O objetivo deste grupo é, uma vez que se tomou a posição clara de que a legitimidade está na Assembleia Nacional, impulsionar, ajudar a criar as condições para que se possa realizar as eleições presidenciais", explicou. EFE