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Guarda Nacional venezuelana bloqueia caravana de deputados opositores

21/02/2019 16h34

Caracas, 21 fev (EFE).- A Guarda Nacional (GNB, polícia militar) da Venezuela bloqueou nesta quinta-feira uma caravana de deputados opositores que se dirigia à passagem fronteiriça com a Colômbia, o que obrigou os políticos a descer dos ônibus e travar um rápido confronto com os agentes.

De acordo com vídeos divulgados pelas redes sociais, os agentes da GNB lançaram gás lacrimogêneo e houve troca de empurrões, em uma cena que ocorreu no túnel de La Cabrera, que une os estados de Aragua e Carabobo, por volta das 14h (horário local, 15h de Brasília).

Em um desses vídeos é possível ver o parlamentar Richard Blanco pedir a gritos aos agentes que permita a passagem da comitiva e lhes perguntar se encontram alimentos e remédios com facilidade.

"Na entrada de La Cabrera um destacamento militar nos fechou com um comboio (...), mas vamos superar estes empecilhos", disse Blanco mais tarde em declarações à emissora de TV online "VPI".

Outras gravações mostraram os deputados atravessando a pé o túnel, mas depois os ônibus nos quais se transferiam usaram um canal da passagem contrário para superar o bloqueio.

No mesmo túnel foi detido um caminhão e, de acordo com alguns relatos, agentes da GNB tentaram furar-lhe os pneus com facas.

"Isso é uma tentativa de homicídio (...), não pode ser que nossos guardas cheguem a isto. O chamado é à sua consciência, estamos fazendo este trabalho também pelos senhores", declarou a respeito a deputada Mariela Magallanes.

Os legisladores partiram na manhã de terça-feira de Caracas para o estado de Táchira, fronteiriço com a Colômbia, para liderar a entrega de doações que estão armazenadas na cidade de Cúcuta e que servirão para atenuar a severa crise que assola o país.

A equipe do líder do parlamento, Juan Guaidó - que há um mês se autoproclamou como presidente em exercício da Venezuela - tinha chegado a informar que o legislador liderava essa comitiva, mas depois foi esclarecido que já se encontra na fronteira com a Colômbia à espera de seus companheiros. EFE