Relatório conclui que ninguém da campanha de Trump conspirou com a Rússia
Washington, 24 mar (EFE).- O relatório do procurador especial Robert Mueller conclui que ninguém da campanha do agora presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nem o próprio governante, conspirou com as autoridades russas nas eleições presidenciais americanas de 2016, segundo uma carta divulgada neste domingo pelo procurador-geral do país, William Barr.
"A investigação do procurador especial não detectou que a campanha de Trump ou alguma das pessoas relacionadas a ela conspirou ou coordenou com a Rússia esforços para influenciar nas eleições presidenciais dos EUA de 2016", escreveu Barr em carta enviada à Câmara dos Representantes e ao Senado.
De acordo com Barr, Mueller indicou que "embora este relatório conclua que o presidente (Trump) não cometeu um crime, tampouco o exonera". Dessa forma, o documento divulgado neste domingo deixa "sem resolver se as ações e a intenção do presidente podem ser vistas como uma obstrução" à Justiça.
Barr argumentou que ele e o procurador-geral adjunto, Rod Rosenstein, concluíram que o material reunido por Mueller "não é suficiente para estabelecer se o presidente cometeu uma ofensa de obstrução da justiça".
A publicação das conclusões de Mueller põe fim a dias de especulações, após o procurador especial ter encaminhado o relatório ao Departamento de Justiça na sexta-feira.
Nem Trump nem ninguém na Casa Branca recebeu com antecedência o relatório de Mueller, explicou o porta-voz presidencial Hogan Gidley.
Desde que na sexta-feira foi anunciado o término da investigação de Mueller sobre o suposto concluio entre o Kremlim e a equipe da campanha de Trump para prejudicar a rival democrata, Hillary Clinton, o governante tem se mantido em silêncio a respeito do assunto.
Membros do Congresso, majoritariamente democratas, mas também alguns republicanos, pediram a divulgação de todo o relatório, que gerou muita expectativa nos EUA.
"É absolutamente crucial que sejam divulgados publicamente tanto o relatório completo como as provas que o respaldam", afirmou o presidente do Comitê Judicial da Câmara dos Representantes, o democrata Jerrold Nadler, em um programa de debates na "CNN", antes de receber o resumo de Barr.
Por causa desta investigação, 34 pessoas foram acusadas, incluindo seis ex-assessores de Trump (Paul Manafort, Rick Gates, George Papadopoulos, Michael Cohen, Michael Flynn e Roger Stone) e 26 russos que provavelmente não serão julgados porque os Estados Unidos não têm acordo de extradição com a Rússia.
Nos últimos dois anos, Trump insistiu que esta investigação constituiu em uma "caça às bruxas" acionada pela oposição democrata e sempre negou que na campanha eleitoral tenha havido um complô entre a sua equipe e o governo russo. EFE
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