Guaidó convoca novos protestos contra Maduro e para reclamar de apagão
Caracas, 27 mar (EFE).- O líder do parlamento venezuelano, Juan Guaidó, reconhecido como presidente em exercício da Venezuela por cerca de 60 países, convocou nesta quarta-feira novos protestos para os próximos sábados para reclamar da queda do fornecimento de energia no país e preparar um plano definitivo para tirar Nicolás Maduro do poder.
"Convocamos neste sábado todo o território nacional para reclamar da queda de eletricidade", disse o político em alusão ao apagão que começou na segunda-feira em quase todo o país e que o governo de Maduro ainda não solucionou totalmente.
Em entrevista coletiva no oeste de Caracas, Guaidó pediu aos venezuelanos que incluam nas reivindicações de sábado a "cessação da usurpação", uma das promessas com as quais se autoproclamou presidente interino em janeiro, levando em conta a "ilegitimidade" de Maduro.
O líder opositor anunciou que no próximo dia 6 de abril será realizada "uma primeira simulação" da Operação Liberdade, o nome com o qual espera "preencher de conteúdo" seu objetivo de tirar Maduro da presidência por ter sido reeleito em uma votação que tacha como fraudulenta.
Para esse primeiro sábado de abril, Guaidó explicou que os cidadãos deverão se organizar em "comitês de ajuda e liberdade" de civis, militares, e funcionários públicos "com determinação e senso de urgência" para "sair em breve desta tragédia em que este regime nos colocou".
Guaidó pediu aos membros da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), os corpos policiais e instituições públicas, todas dirigidas por leais defensores da revolução bolivariana, que também se organizem em pequenos grupos, pois "chegou o momento de agitar em todos os estados, em todas as comunidades".
Para isso, segundo ressaltou, é necessário que a FANB "se coloque do lado da Constituição" e rejeite as ordens de Maduro, e que as forças da ordem pública protejam os manifestantes e atuem contra os corpos de civis armados que são fiéis ao chavismo.
O líder do parlamento reiterou que "todas as opções estão sobre a mesa" no seu desejo de dar fim a 20 anos de chavismo e que conta com o apoio majoritário da comunidade internacional para conseguir esse objetivo.
"Estamos construindo a saída mais rápida possível deste regime e desta tragédia que oprime o país", disse Guaidó, que lembrou que se reuniu com líderes de países vizinhos na América do Sul e mantém contato com o governo de Donald Trump nos Estados Unidos. EFE
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