Topo

Michelle Bolsonaro pede mais ações pelos incapacitados em Cúpula Global

06/06/2019 17h04

Buenos Aires, 6 jun (EFE).- A primeira-dama Michelle Bolsonaro participou nesta quinta-feira da abertura da II Cúpula Global da Incapacidade, realizada em Buenos Aires, e fez um apelo pelos direitos e pela inclusão total das pessoas com deficiência na sociedade.

Defensora de várias causas sociais e ligada especialmente às pessoas surdas-mudas, Michelle abriu a reunião mundial sobre incapacidade junto com a primeira-dama argentina, Juliana Awada, e a vice-presidente desse país, Gabriela Michetti, que é paraplégica.

"É o nosso dever agir para fortalecer os direitos das pessoas com incapacidade, a defesa da pessoa humana, a inclusão política e também nos serviços públicos como educação e transporte", afirmou Michelle.

Além disso, acrescentou que "combater as discriminações é um fator estratégico para conseguir a participação igualitária de pessoas incapacitadas em processos decisivos em nossos países".

Michelle conseguiu participar da abertura da cúpula por esta ter coincidido com a visita de Estado do presidente Jair Bolsonaro à Argentina, que começou nesta manhã com uma visita de ambos à Casa Rosada, onde foram recebidos por Mauricio Macri e Juliana Awada.

Em janeiro, durante a posse de seu marido como presidente, a primeira-dama fez seu primeiro discurso oficial na língua de sinais, um gesto que ganhou repercussão mundial.

A língua de sinais também foi a protagonista na parte final de seu discurso na Cúpula Global de Incapacidade da Argentina 2019, que será realizada até o próximo sábado e que é a segunda das suas caraterísticas depois da realizada em Londres no ano passado.

No evento, Michelle considerou que os países precisam "respeitar melhor as diferenças", e celebrou o fato de que eventos como a cúpula sirvam para "mobilizar" nesse sentido.

"No Brasil, estamos trabalhando para consolidar a regulamentação da lei brasileira de inclusão", destacou a primeira-dama sobre uma norma que, segundo ela, favorecerá "o exercício das liberdades fundamentais" das pessoas com incapacidade e que demonstra o "compromisso" do governo de seu marido com este setor da população.

Antes de deixar o local, Michelle Bolsonaro conversou de maneira breve com várias pessoas que se aproximaram para agradecer-lhe por seu trabalho.

Pelo lado argentino, a vice-presidente Michetti e a primeira-dama Awada tiveram que lidar com o descontentamento de parte do público, que durante os discursos de ambas exigiu o fim dos cortes nos orçamentos destinados às pessoas com incapacidade. EFE