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"CNN" afirma que Assange usou embaixada para interferir nas eleições dos EUA

16/07/2019 01h51

Washington, 15 jul (EFE).- O fundador do "Wikileaks", Julian Assange, usou a embaixada do Equador em Londres, onde ficou isolado por quase sete anos, como um centro de operações para interferir na eleição de 2016 nos Estados Unidos, vencida pelo atual presidente Donald Trump, revelou nesta segunda-feira a emissora "CNN".

Citando relatórios de vigilância, a emissora americana disse que Assange, que permanece sob custódia da Justiça britânica depois que o Equador revogou no mês de abril o asilo concedido em 2012, se reuniu na legação com hackers e cidadãos russos, ao mesmo tempo que revelou documentos roubados.

Os relatórios, que segundo a "CNN" foram compilados pela empresa espanhola UC Global Security Consulting e verificados por um oficial da inteligência equatoriana, indicam que o fundador do "Wikileaks" tinha internet de alta velocidade e telefones.

A "CNN" fez uma cronologia dos eventos que ocorreram durante a campanha presidencial dos EUA e cruzou com o relatório do promotor especial Robert Mueller sobre a investigação da chamada conspiração russa.

A versão jornalística entre os documentos divulgados pelo "Wikileaks", os e-mails de John Podesta, chefe de campanha da ex-candidata democrata Hillary Clinton, que perdeu as eleições para Trump, e o Comitê Nacional Democrata (DNC, secretariado do partido), extraído por hackers.

No mês passado, uma porta-voz do Departamento de Justiça confirmou à Agência Efe que o governo dos Estados Unidos pediu formalmente ao Reino Unido a extradição dos fundador do "Wikileaks".

Assange, de 47 anos e origem australiana, enfrenta em um tribunal federal do estado de Virgínia, acusações de vários crimes de espionagem e publicação de documentos altamente confidenciais, em relação com ao vazamento em massa organizado por ele em 2010.

O ativista foi preso pela polícia britânica no dia 11 de abril, ao ser retirado da embaixada equatoriana em Londres. EFE