Paraguai reconhece Hezbollah e Hamas como grupos terroristas internacionais
Assunção, 19 ago (EFE).- O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, reconheceu o grupo xiita libanês Hezbollah e o movimento islamita palestino Hamas como organizações terroristas internacionais, informou nesta segunda-feira o ministro do Interior, Juan Ernesto Villamayor.
Além disso, o país passou a definir o grupo jihadista Estado Islâmico e a rede Al Qaeda como organizações terroristas globais.
"Isso obriga a utilização de um protocolo de segurança, fundamentalmente na área de financiamento das atividades destas organizações", disse Villamayor em entrevista coletiva.
A denominação de grupo terrorista internacional foi aplicada a Hamas e Hezbollah porque o Paraguai entende que se tratam de "milícias armadas" que "continuam realizando operações internacionais, várias delas no Hemisfério Ocidental", conforme consta no decreto sobre a medida.
Já a Al Qaeda e o Estado Islâmico receberam o status de organizações terroristas globais por parte do país sul-americano porque "representam uma grave ameaça à segurança individual e à segurança coletiva dos cidadãos dentro e fora dos seus territórios".
Villamayor afirmou que a decisão está em linha com "os protocolos internacionais que protegem os Direitos Humanos no mundo todo" e ressaltou que exigirá mais investimentos e preparação dos profissionais de inteligência do país.
Além disso, o ministro disse que o governo paraguaio aumentará as atividades de "prevenção do terrorismo" através da Polícia Nacional e melhorará os sistemas "de controle de fluxo de divisas", com a ajuda da Secretaria de Prevenção de Lavagem de Dinheiro e Bens (Seprelad), a Superintendência de Bancos do Banco Central do Paraguai (BCP) e outros órgãos.
O ministro destacou que, embora existam informações sobre operações do Hezbollah na Tríplice Fronteira, não necessariamente elas ocorrem sempre em território paraguaio - fazendo alusão a Argentina e Brasil.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, agradeceu nas redes sociais - tanto em sua conta pessoal como na de seu escritório - ao Paraguai pela decisão.
"Estamos trabalhando para que mais países deem em breve este importante passo", afirmou o premiê. EFE
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