Comissão Europeia apoia que Dinamarca não venda a Groenlândia aos EUA
A Comissão Europeia (CE) mostrou hoje apoio à posição do Governo da Dinamarca, que se negou a abordar a venda da Groenlândia com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recentemente revelou o interesse pela compra desta ilha.
"A Comissão Europeia assina e apoia a posição expressada pela primeira-ministra da Dinamarca e pelo Governo da Groenlândia", disse uma porta-voz comunitária.
Veja também
- Políticos da Dinamarca qualificam de "ofensa" suspensão da visita de Trump
- Trump cancela viagem à Dinamarca após recusa sobre a venda da Groenlândia
- Premiê da Dinamarca responde Trump e diz que Groenlândia não está à venda
- Trump admite interesse na Groenlândia, mas garante não ser prioridade dos EUA
Trump decidiu suspender a visita que faria à Dinamarca no começo de setembro após a recusa da primeira-ministra, Mette Frederiksen, a abordar a venda da ilha, que tem dois milhões de quilômetros quadrados, coberta de gelo e 56 mil habitantes, a maioria inuits.
"A Groenlândia não está em venda. A Groenlândia não é dinamarquesa, é groenlandesa. Espero de verdade que não tenha falado sério", afirmou na segunda-feira a primeira-ministra da Dinamarca.
Trump tinha reconhecido no domingo o interesse em comprar a Groenlândia depois que vários veículos de imprensa informaram que o presidente americano estava há semanas falando com seus assessores sobre essa possibilidade.
O líder considerou que a aquisição "estrategicamente é interessante", embora afirmou que não seja uma prioridade.
"A Dinamarca é um país muito especial com gente incrível, mas segundo os comentários da primeira-ministra Mette Frederiksen, que não teria interesse em discutir a compra da Groenlândia, adiarei a nossa reunião programada em duas semanas para outro momento", anunciou Trump através de Twitter após a reação da governante.
Apesar de politicamente pertencer à Dinamarca, a Groenlândia é um território autônomo que desde 2009 maneja todas as competências exceto política externa, defesa e política monetária.