Presidentes assinam "Pacto de Leticia" para preservação da Amazônia
Leticia (Colômbia), 6 set (EFE).- Presidentes e outros representantes de sete países sul-americanos assinaram nesta sexta-feira o "Pacto de Leticia pela Amazônia" para coordenar a preservação dos recursos naturais da região.
"Aqui estamos assinando um pacto onde coordenamos e trabalhamos harmonicamente por objetivos comuns. Nos motiva a proteger a Amazônia e fazer trabalhos de prevenção e mitigação quando houver riscos como os incêndios florestais", disse o presidente da Colômbia, Iván Duque, ao assinar o pacto na Cúpula pela Amazônia, realizada no país na cidade de Leticia.
O pacto foi assinado por Duque, anfitrião do encontro, e pelos presidentes de Peru (Martín Vizcarra), Bolívia (Evo Morales) e Equador (Lenín Moreno), pelo vice-presidente do Suriname (Michael Ashwin Adhin) e o ministro de Recursos Naturais da Guiana (Raphael Trotmano). O representante do Brasil foi o chanceler Ernesto Araújo.
Segundo Duque, o encontro de hoje serviu para chamar a atenção dos governos da região sobre a urgência de enfrentarem unidos o narcotráfico, a mineração ilegal e a destruição das florestas.
Na cúpula foi também determinada a necessidade de que os países da região tenham "uma cooperação científica e técnica permanente", segundo Duque.
O presidente peruano, Martín Vizcarra, afirmou que é preciso "passar a ações concretas, porque somente a boa vontade não é suficiente" para preservar a Amazônia.
A devastação da floresta por conta dos incêndios é um tema que ultrapassou as fronteiras da América Latina e ganhou repercussão global.
"Todos os países do planeta devemos pensar em como contribuir para preservar a Amazônia melhor, e a maior responsabilidade é dos países que a temos em nosso território", comentou Vizcarra.
Já Ernesto Araújo ressaltou que, com o documento, os países da região amazônica dizem que são "capazes, dignos e que individualmente e coletivamente têm ideias de trabalho para a conservação e o desenvolvimento racional sustentável, reafirmando a nossa soberania". EFE
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