Trump volta a falar em emergência nacional para exigir construção de muro
San Diego (EUA), 18 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou nesta quarta-feira a necessidade de construir 800 quilômetros de muro na fronteira com o México para conter o fluxo de migrantes que entra no país e voltou a chamar o problema de emergência nacional.
Trump visitou um trecho do muro que está sendo erguido em Otay Mesa, em San Diego, no sul da Califórnia, e afirmou que o tráfico de drogas e pessoas pela fronteira representa uma "tremenda emergência nacional", um problema que só a cerca pode resolver.
O presidente americano já havia visitado o local em 2018. A região de Otay Mesa foi escolhida para erguer oito protótipos para o muro de mais de 3,2 mil quilômetros com a fronteira com o México que Trump prometeu erguer na campanha eleitoral de 2016.
O projeto dos protótipos custou US$ 3 milhões, mas nenhum deles foi escolhido para ser usado em larga escala.
A cerca que protege a fronteira de San Diego começou a ser substituída em junho de 2018 por um novo muro metálico, que tem entre 5 e 9 metros de altura, quase o dobro da barreira utilizada anteriormente. A troca custou cerca de US$ 147 milhões.
Trump disse que as características do novo muro dificultam a entrada no país porque a estrutura não é fácil de ser escalada ou quebrada. Ele assinou uma das colunas da barreira durante o percurso que fez pela fronteira e publicou uma mensagem no Twitter sobre a visita.
Perguntado sobre a cooperação do México, Trump disse que o país vizinho está pagando para manter 27 mil soldados na fronteira e disse que a aplicação de uma tarifa de 5% sobre a importação de produtos mexicanos cobriria os custos de erguer a barreira. No entanto, descartou adotar qualquer medida econômica contra o governo de Andrés Manuel López Obrador.
O presidente americano chegou à Califórnia, um estado majoritariamente democrata, ontem, depois de passar pelo estado do Novo México. Depois de visitar o muro, Trump foi para Los Angeles, onde participaria de um jantar de arrecadação de fundos para a campanha à reeleição em 2020. EFE
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