Líder indígena Davi Kopenawa conquista prêmio Nobel Alternativo
Copenhague, 25 set (EFE).- O xamã e líder indígena brasileiro Davi Kopenawa foi um dos vencedores do prêmio Right Livelihood Award, o "Nobel Alternativo", concedido nesta quarta-feira, por conta da sua luta nas últimas décadas na defesa da etnia Yanomami e a proteção da Amazônia.
Kopenawa, ao lado da Associação Hutukara Yanomami, fundada por ele em 2004, foram agraciados "por sua determinação corajosa em proteger as florestas e a biodiversidade da Amazônia, e as terras e a cultura de seus povos indígenas".
O júri destacou que Kopenawa é "um dos líderes indígenas mais respeitados do Brasil", condição que adquiriu após décadas de luta como porta-voz dos yanomamis.
Davi Kopenawa levou sua causa a fóruns nacionais e globais e recebeu prêmios como o Prêmio Global da ONU e uma menção honrosa concedida em 2009 pelo júri do Prêmio Bartolomé de las Casas, concedido pela Casa de América (Madri) e pelo Ministério das Relações Exteriores da Espanha.
Em declarações divulgadas pela organização sueca, Kopenawa disse estar muito feliz pelo prêmio, que vem "no momento certo e é um sinal de confiança em mim, em Hutukara e em todos aqueles que defendem a floresta e o Planeta Terra".
"O prêmio me dá forças para continuar a luta para defender a alma da Floresta Amazônica. Nós, os povos do planeta, precisamos preservar nossa herança cultural, como Omame (o Criador) ensinou: viver bem cuidando de nossa terra, para que as gerações futuras continuem a usá-la", disse ele.
Kopenawa publicou em 2010 "A Queda do Céu", o primeiro livro escrito por um yanomami, uma exploração na cosmologia desse grupo étnico e um relato da luta de seu povo para sobreviver a epidemias e violências.
Além do líder indígena, a jovem ativista Greta Thunberg (Suécia), a defensora dos direitos humanos Aminatou Haidar (Saara Ocidental) e a advogada Guo Jianmei (China) também foram premiadas.
Os vencedores receberão seus prêmios na celebração do Right Livelihood 2019, que será realizada no dia 4 de dezembro, em Estocolmo, capital da Suécia. EFE
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