Piñera suspende estado de emergência no Chile
Santiago, 27 out (EFE).- O presidente do Chile, Sebastián Piñera, assinou este domingo os decretos necessários para suspender o estado de emergência que estava em vigor em várias regiões de país, e com isso tirar os militares das ruas depois de eles ficarem mais de uma semana responsáveis pela ordem pública.
"Com o objetivo de contribuir para que o Chile recupere a normalidade institucional, o presidente da república assinou os decretos necessários para que, a partir da 0h desta segunda-feira, 28 de outubro (mesmo horário em Brasília), seja suspenso o estado de emergência em todas as regiões e comunas que tinha sido estabelecido", disse a presidência em comunicado.
Com a decisão, Piñera cumpriu a promessa feita ontem de tirar os militares das funções de patrulhamento das ruas no início da semana. O presidente chileno decretou estado de emergência pela primeira vez desde o retorno da democracia após a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) no último dia 18, quando começou a atual onda de protestos no país com diversas pautas sociais. Além de manifestações pacíficas, houve vários confrontos com a polícia, incêndios e saques, e pelo menos 19 pessoas morreram, entre elas seis cidadãos estrangeiros.
No momento mais crítico da atuação militar, todas as regiões, com exceção de Aysen, no extremo-sul, tinham no mínimo uma cidade com destacamentos das Forças Armadas nas ruas.
A presença dos militares, que posteriormente foi acompanhada por toques de recolher - atualmente suspensos -, provocou uma grande rejeição social.
Além dos 19 mortos, os protestos deixaram mais de mil feridos - a metade durante confrontos com forças de segurança - e mais de 3 mil detidos, segundo dados do Instituto Nacional de Direitos Humanos, uma organização pública, mas independente, que monitora os protestos. EFE
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