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Governo turco inicia deportação de jihadistas estrangeiros

11/11/2019 11h37

Ancara, 11 nov (EFE).- A Turquia começou nesta segunda-feira a repatriação de supostos membros do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) com a deportação de um cidadão dos Estados Unidos, disse o porta-voz do Ministério do Interior, Ismail Çatakli.

"A Turquia completou a deportação de um combatente estrangeiro dos Estados Unidos", disse Çatakli em comunicado, citado pela agência de notícias turca "Anadolu".

Horas depois, o jornal "Sabah" informou que o suposto ex-combatente havia sido deportado através da fronteira greco-turca, em Edirne, quando foi expulso do território turco.

No entanto, segundo o jornal, a polícia grega não permitiu sua entrada, então ele estaria numa espécie de "terra de ninguém" entre Turquia e a Grécia.

O suspeito foi capturado no norte da Síria pelas tropas turcas durante a operação denominada "Fonte da Paz", a ofensiva lançada pelo exército turco no início de outubro.

Além disso, um cidadão alemão considerado jihadista e prisioneiro em um centro para estrangeiros será deportado hoje, assim como outro dinamarquês na mesma situação, anunciou o porta-voz.

"Eles serão enviados para seus países. Dessa forma, a expulsão de três combatentes estrangeiros será concluída hoje", afirmou Çatakli.

Ele não esclareceu se, no caso de suspeitos europeus, eles seriam repatriados diretamente ou também expulsos apenas do território turco através da fronteira com a Grécia.

Na próxima quinta, de acordo com o porta-voz, sete outros alemães que tentaram viajar para a Síria com o objetivo de aderir ao EI serão expulsos.

A Turquia também quer deportar mais dois alemães, além de dois irlandeses e 11 franceses, todos capturados na Síria, acrescentou.

O ministro do Interior, Suleyman Soylu, afirmou na semana passada que os países europeus deveriam repatriar seus jihadistas nacionais presos na Turquia.

Segundo Ancara, durante a ofensiva militar na Síria foram capturados 287 militantes estrangeiros do EI. EFE