OEA se reunirá amanhã para analisar situação na Bolívia
Washington, 11 nov (EFE).- A Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou para esta terça-feira uma reunião extraordinária com o objetivo de analisar a situação na Bolívia após a renúncia de Evo Morales à presidência do país.
A reunião do Conselho Permanente da OEA começará às 17h (de Brasília) em Washington (EUA), atendendo a um pedido de Brasil, Canadá, Colômbia, Estados Unidos, Guatemala, Peru, República Dominicana e Venezuela, sendo que este último país está representado na entidade por delegados do líder opositor Juan Guaidó.
Durante o encontro, está prevista a apresentação de um relatório sobre a missão eleitoral da OEA durante as eleições de 20 de outubro, nas quais uma auditoria da entidade apontou graves irregularidades e manipulação no sistema informatizado de transmissão e contagem de votos. No pleito, Morales foi reeleito em primeiro turno para o quarto mandato consecutivo.
O agora ex-presidente renunciou ao cargo ontem, após a divulgação da conclusão do relatório da OEA e em meio a protestos de opositores que o acusavam de fraudar as eleições.
Como é tradição, os paíeses membros da organização poderão pedir a palavra ao final da reunião, para manifestarem sua opinião sobre a situação na Bolívia.
Dois dos principais aliados de Morales, os presidentes de Venezuela e Cuba, Nicolás Maduro e Miguel Díaz-Canel, classificaram que Morales foi vítima de um "golpe de Estado", mas ambos não estão representados na OEA.
Por outro lado, Uruguai, México e Nicarágua, que também definiram o acontecimento na Bolívia da mesma forma, poderão ratificar sua opinião no Conselho Permanente.
Já os EUA devem reforçar a declaração do presidente Donald Trump de que a saída do líder indígena representa "um alerta" para Maduro e o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega. EFE
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