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Bloomberg oficializa pré-candidatura por Democratas à presidência dos EUA

24/11/2019 13h16

Resumo da notícia

  • Ex-prefeito de Nova York e empresário Michael Bloomberg anunciou a pré-candidatura às eleições presidenciais de 2020 nos EUA
  • Bloomberg disse no comunicado que atual presidente, Donald Trump, representa uma ameaça existencial aos Estados Unidos e seus valores
  • Empresário disse que não aceitará doações e que financiará pessoalmente sua campanha

O ex-prefeito de Nova York e empresário Michael Bloomberg anunciou neste domingo oficialmente sua pré-candidatura pelo Partido Democrata às eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos.

"Concorro a presidente para derrotar (o presidente e candidato à reeleição) Donald Trump e reconstruir a América (EUA). Não podemos arcar com mais quatro anos de ações imprudentes e antiéticas do presidente Trump", disse Bloomberg em um comunicado divulgado no site criado para sua campanha e também em seu perfil no Twitter.

Na última quinta-feira, Bloomberg apresentou à Comissão Federal Eleitoral a documentação necessária para se juntar à longa lista de pré-candidatos democratas que lutam para conseguir o posto de indicado pelo partido para disputar o pleito do ano que vem.

O bilionário, de 77 anos, ressaltou no comunicado que o atual presidente "representa uma ameaça existencial" aos Estados Unidos e seus valores.

"Se ele ganhar outro mandato, podemos nunca nos recuperar dos danos. Os sinais não podiam ser maiores. Temos que ganhar essas eleições. E temos que começar a reconstruir a América. Acredito que minha condição única com minha experiência em negócios, governo e filantropia me permitirá ganhar e liderar", acrescentou.

O comunicado enfatiza que Bloomberg não aceitará doações e financiará pessoalmente sua campanha, "como fez nas três vezes em que concorreu com sucesso a prefeito de Nova York", conclui o texto.

Nas últimas semanas, Bloomberg já tinha tomado medidas para aparecer nas cédulas das eleições primárias do partido em vários estados, mas até este domingo não tinha dado o passo para oficializar sua candidatura.

Bloomberg chega à disputa muito mais tarde que a grande maioria dos outros pré-candidatos para concorrer em alguns estados onde os prazos já foram encerrados e, a priori, está em desvantagem significativa em relação aos que fazem campanha há meses.

Por outro lado, ele não foi o único a entrar na disputa às vésperas das primárias democratas. O ex-governador de Massachusetts Deval Patrick decidiu neste mês tentar a indicação, pela qual também concorrem pesos-pesados como o ex-vice-presidente Joe Biden, os senadores Elizabeth Warren e Bernie Sanders e o prefeito (da cidade de South Bend, em Indiana) Pete Buttigieg.

No último fim de semana, Bloomberg pediu desculpas pela polêmica prática policial de parar e revistar pedestres que foi adotada durante seu período como prefeito de Nova York e afetou desproporcionalmente afro-americanos e latinos.

Essa retratação foi então interpretada como um sinal de que ele oficializaria em breve a candidatura, o que agora tornou realidade.

O empresário, que antes de ser filiado ao Partido Democrata fez parte dos quadros do Republicano - de Trump - e também foi independente, oferece uma opção mais moderada aos eleitores democratas e compete, a rigor, com os candidatos da ala mais centrista da legenda, como Biden e Buttigieg.