Ucrânia pede ao Irã as caixas pretas de avião abatido
"A Procuradoria-Geral e o SBU entraram em contato com as autoridades competentes do Irã para solicitar assistência jurídica relacionada com a entrega das caixas pretas às agências de aplicação da lei na Ucrânia", informaram as instituições.
De acordo com o comunicado, divulgado pelo Telegram, as autoridades ucranianas estão tomando todas as medidas para "garantir uma decodificação adequada das caixas pretas e preservar as provas" coletadas durante o processo de investigação.
Os 45 peritos ucranianos encarregados das investigações no local da queda da aeronave já tiveram acesso às caixas pretas, que precisam ser decodificadas corretamente, e o Irã não dispõe da tecnologia apropriada para isso.
Os presidentes da Ucrânia, Vladimir Zelenski, e da França, Emmanuel Macron, decidiram no dia 11 que especialistas franceses participariam deste trabalho.
Ambos abordaram esta questão no mesmo dia em que o Irã reconheceu ter abatido o Boeing 737 "involuntariamente e por falha humana", confundindo-o com um míssil de cruzeiro em meio à situação de alerta no país devido à escalada de tensão com os Estados Unidos.
A Ucrânia quer agora estabelecer se a queda do avião se deveu realmente a uma falha humana ou se foi intencional, explicou o assessor presidencial ucraniano Andriy Yermak na terça-feira, segundo a agência de notícias "UNIAN".
De acordo com Yermak, a Ucrânia ainda estuda se levará a derrubada do avião ucraniano ao Conselho de Segurança da ONU, mas destacou que primeiro quer estabelecer se o avião foi "deliberadamente atacado ou não".
Os ministros das Relações Exteriores dos países com vítimas da queda do voo PS752 se reunirão em Londres na quinta-feira para coordenar suas ações.
Estavam a bordo do avião 82 iranianos, 63 canadenses, 11 ucranianos (dois passageiros e nove tripulantes), dez suecos, quatro afegãos, três alemães e três britânicos.
O Canadá, que foi o primeiro país a informar que o avião foi abatido por um míssil, insiste que especialistas canadenses também tenham acesso ao local da tragédia. EFE
nvc-cae/vnm
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