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Itália enfrenta primeiro dia de restrições em todo país pelo coronavírus

10/03/2020 12h11

Roma, 10 mar (EFE).- A Itália enfrenta seu primeiro dia de restrições de movimentos e sociais em todo o seu território para tentar conter o aumento "significativo" de contágio pelo novo coronavírus, que já matou 463 pessoas e infectou quase 8 mil no país.

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, assinou ontem o decreto que estende as limitações impostas no último sábado à região da Lombardia e outras 14 regiões no norte do país, que estavam isoladas por serem as mais afetadas pelo vírus.

De acordo com os últimos dados divulgados ontem pela Defesa Civil, os infectados pela Covid-19 na Itália somam 7.985, um aumento de 1.598 em relação ao dia anterior, e os mortos são 463, 97 a mais.

Há dois dias, o governo dividiu o país em dois: um norte composto pela Lombardia e outras 14 regiões do Piemonte, Veneto e Emilia Romagna, com 16 milhões de pessoas, onde foram impostas restrições severas e o restante do país, com medidas mais brandas.

Agora, o governo impôs restrições em todo o território até o dia 3 de abril para conter o contágio.

Desta forma, na Itália não será possível deslocar-se de uma cidade para outra, a menos que seja por três razões específicas: trabalho, saúde ou uma emergência, pelas quais a pessoa em trânsito deve certificar em um documento.

O governo estende a suspensão de aulas em faculdades e universidades em toda a Itália até 3 de abril e proíbe expressamente "qualquer forma de aglomeração de pessoas em locais públicos".

As competições esportivas em áreas públicas ou privadas estão suspensas, como partidas de futebol, com exceção do treinamento de atletas para os Jogos Olímpicos, que podem utilizar esses espaços a portas fechadas.

Nas ruas, as pessoas devem manter uma distância recomendada de um metro uma da outra, os idosos devem permanecer em casa e os bares e restaurantes só estarão abertos das 6h (hora local) às 18h (hora local).

E os cinemas, teatros, discotecas, museus ou bibliotecas estão fechados, assim como os eventos religiosos.

O governo lembrou que o decreto permite que as pessoas vão às compras como de costume e pediu calma, a fim de evitar aglomerações para fornecer alimentos, porque as mercadorias podem transitar por toda a Itália e não haverá escassez. EFE

gsm/phg