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Itália manterá portos fechados para navios com refugiados, diz ministra

22/04/2020 17h28

Roma, 22 abr (EFE).- A ministra do Interior da Itália, Luciana Lamorgese, anunciou nesta quarta-feira que o país seguirá com portos fechados para embarcações de ONGs que resgatam migrantes no mar Mediterrâneo, enquanto durar a crise provocada pela pandemia da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.

A integrante do governo disse, em entrevista coletiva à veículos internacionais, concedida por meio de videoconferência, que os 34 refugiados a bordo do navio espanhol Aita Mari; e os 140 do Alan Kurdi, da ONG alemã Sea Eye, foram colocados em quarentena em barcos de bandeira italiana, mas proibidos de pisar em terra firme.

Lamorgese explicou que essas pessoas seguirão em isolamento até que seja comprovado não haver contágio do novo coronavírus entre elas. Depois disso, serão iniciados os trâmites para redistribuição entre países da Europa, de acordo com pacto firmado em setembro do ano passado, entre a própria Itália, Malta, França e Alemanha.

O governo italiano fechou os portos aos migrantes no dia 8 de abril, segundo a ministra, porque a situação assim exigiu.

"Não podemos tomar outra decisão, mas o sentido humanitário dos italianos nunca foi colocado em dúvida", garantiu Lamorgese.

TURISMO ESTRANGEIRO.

O governo da Itália vem estudando a reabertura do país a partir do dia 4 de maio, após ser controlada a curva de novos contágios da Covid-19. A ministra do Interior explicou que há trabalho para permitir a chegada de turistas de outros países, mas evitou dar datas concretas.

"Estamos estudando uma reabertura gradual, primeiro das atividades produtivas não essenciais. Temos que estar muito atentos para não ter que voltar atrás nos avanços alcançados", apontou Lamorgese, que previu para apenas depois de agosto a avaliação da retomada dos turistas.