ONU Mulheres debate aumento de feminicídios no Brasil em Fórum Virtual da Efe
O debate acontecerá às 13h (de Brasília) e será transmitido ao vivo pela Agência Efe no YouTube: https://www.youtube.com/user/efebr?pbjreload=10.
O debate contará com a participação de Ana Paula Antunes, consultora da ONU Mulheres Brasil para o Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
Também marcarão presença Gabriela Manssur, fundadora do projeto Justiça de Saia, plataforma que fornece informações para ajudar mulheres vítimas de violência doméstica e promover o empoderamento feminino, e Vivian Machado, gerente de Comunicação, Diversidade e Inclusão do Grupo Carrefour Brasil.
O evento, patrocinado pelo Carrefour, pretende ser o ponto de partida para um conjunto de fóruns que dão voz a especialistas para a discussão de diferentes questões sociais relacionadas à pandemia da Covid-19.
Com o título "Mulheres isoladas: O aumento da violência contra a mulher durante a pandemia do coronavírus", a mesa redonda de amanhã terá como foco o crescente número de mulheres brasileiras que, durante as medidas de isolamento social, estão reclusas em casa com parceiros abusivos.
BRASIL ENTRE PAÍSES COM MAIS FEMINICÍDIOS.
O Brasil aparece em um triste quinto lugar em uma lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) de países com maior número de feminicídios, atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e da Rússia.
Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o número de denúncias feitas por telefone sobre violência sofrida por mulheres aumentou quase 18% durante os nove dias seguintes à data em que o confinamento social começou a valer em vários estados do país.
No Rio de Janeiro, um dos estados com maior número desse tipo de crime, os pedidos de medidas restritivas aumentaram em 50%.
Dados do 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no ano passado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontam que o país registrou um total de 66.041 casos de estupro em 2018, um número recorde. Além disso, mais de 1,2 mil mulheres foram vítimas de feminicídio no mesmo ano, 4% a mais do que em 2017.
"O número é alarmante e crescente", disse Vivian Machado em entrevista à Agência Efe.
A chefe da área de Diversidade e Inclusão do Carrefour Brasil ressaltou que a importância de lidar com essa questão é "gigantesca", pois "muitas vezes as mulheres não sabem que estão sofrendo violência" até que o agressor passe "para o próximo nível".
Machado vai contar no debate de amanhã quais políticas foram implementadas pela multinacional francesa para promover a igualdade e a inclusão de gênero.
Outra protagonista do fórum organizado pela Efe é Ana Paula Antunes, consultora de enfrentamento à violência contra mulheres e meninas da ONU Mulheres e doutora em Sociologia pela Universidade de Brasília, na área de relações de gênero.
Por sua vez, Manssur é uma referência para o ativismo feminista no Brasil. Ela se dedica à defesa dos direitos da mulher há mais de 20 anos e é uma das principais vozes sobre o tema no país.
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